Resumo: A avaliação do desenvolvimento sustentável em sub-bacias hidrográficas tem um papel central na racionalização das tomadas de decisões. Uma forma promissora de medir esse desenvolvimento, é por meio de indicadores, e quando muitos indicadores são usados, eles são usualmente agregados em índices, que fornecem uma visão simplificadae multidimensional do sistema em análise. Diversos índices de sustentabilidade para bacias hidrográficas são propostos na literatura. Entretanto, a incorporação de indicadores ecológicos aquáticos, que agreguem aspectos da biodiversidade é, ainda, uma lacuna ainda a ser preenchida. Portanto, a utilização de indicadores de biodiversidade como representantes da dimensão ambiental, se constitui em um avanço aos índices recentemente apresentados na literatura. O objetivo ,foi avaliar o gradiente de sustentabilidade nas bacias hidrográficas do alto rio Paraná, por meio de um índice de sustentabilidade ecoambiental de sub-bacias (ISE-sb) que incorpora indicadores ecológicos aquáticos. Com esse propósito, os indicadores selecionados com base nas proposições da Agenda 2030, foram divididos em quatro dimensões de sustentabilidade: social, econômica, ecoambiental e ambiental negativo, e passaram por um processo de normalização e filtragem. Em seguida, foi ponderada a importância dos indicadores, utilizando-se da análise de multicritério baseada no método Análise de Processos Hierárquicos (AHP).O ISE-sb foi calculado por meio da média ponderada entre os subíndices que representam as dimensões. Por fim aplicamos a estatística espacial Gi* para identificar agrupamentos de hotspots e coldspots. Os resultados mostram que entre as dimensões da sustentabilidade, aquela que apresentou a maior quantidade de valores baixos, foia ambiental positiva. As regiões localizadas na porção leste, ou serra do mar, porção sul, e o Distrito Federal formaram hotspots de sustentabilidade, enquanto que as sub-bacias localizadas nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais formaram os coldposts de sustentabilidade. Recomenda-se um planejamento espacial sustentável das sub-bacias hidrográficas, adotando as áreas de coldspots como prioritárias para sustentabilidade. Evidencia a principal limitação metodológica, a potencial reprodutibilidade da ferramenta em outros espaços.
Abstract: The assessment of sustainable development in sub-watersheds plays a central role in rationalizing the decisions taken. A promising form of average indicators of this development is through indicators, and when many are used, they are usually aggregated into indices, which provide a simplified and multidimensional view of the system under analysis. Several sustainability indices for watersheds are proposed in the literature. However, incorporation of extraordinary indicators, that biodiversity, a gap is still a major upgrade. Therefore, the use of biodiversity indicators as representative of the environmental dimension constitutes an advance on the indices presented in the literature recently. The objective was to evaluate the sustainability gradient in the hydrographic basins of the Upper Paraná River, through an eco-environmental sustainability index of hydrographic sub-basins (ISE-sb) that incorporates protected ecological. For this purpose, the indicators selected based on the propositions of Agenda 2030 were identified in four dimensions of sustainability, economic, economic, environmental and thought through a process of sustainability: normal and social. Then, the importance of the indicators was considered, using the multi-criteria analysis based on the Hierarchical Process Analysis (HP) method. The ISE-sb was calculated by means of the weighted media between the sub-indices that represent as dimensions. Finally, we apply the Gi* statistic to identify hotspots and coldspots. The results show that among the dimensions of sustainability, the highest was the one that presented a positive amount of low values. The regions located in the eastern portion, or serra do mar, southern portion, and the Federal District formed sustainability hotspots, while the sub-basins located in the states of Goiás, Mato Grosso do Sul and Minas Gerais formed the sustainability coldposts. A sustainable spatial planning of the hydrographic sub-basins is recommended, adopting cold areas as priorities for sustainability. It highlights the main methodological limitation, a potential reproducibility of the tool in other spaces. |