Resumo: O estudo analisa o processo de verticalização na cidade de Maringá-PR, de forma mais específica, a verticalização que está se constituindo em uma área anexa ao centro tradicional chamada de Novo Centro. Tal área se originou da remoção da estação ferroviária e do pátio de manobras de local, bem como do rebaixamento dos trilhos. A área tem sido utilizada em grande parte para a verticalização, o que tem gerado interessante processo urbano na cidade. A verticalização começa a se concretizar no momento em que a economia no país se moderniza e o capitalismo avança. Como o espaço, a terra e a habitação, numa sociedade capitalista, seguem numa lógica capitalista, a verticalização também deve ser compreendida dentro dessa lógica. Ela se insere nesse contexto através da valorização da terra. Assim, conforme Souza (1994, p. 173) "não há como negar que à geografia da verticalização corresponde uma geografia da valorização, nitidamente acoplada, no seu processo de expansão, às disponibilidades de infra-estrutura, em decorrência das quais os pobres vão sendo permanentemente rechaçados". Nesse processo ocorre a segregação. Por segregação entende-se um conceito que se expressa de forma espacial, estabelecendo zoneamentos que acabam por dividir e seccionar a população, cada fração em seu espaço homogeneizado. No norte do Paraná, o desenvolvimento da região, principalmente baseado na agricultura de café e posteriormente as lavouras modernizadas destinadas à exportação, ligadas à agroindústria, acumularam o capital necessário para empreender o referido processo. Assim nos anos 80 ocorreu uma verdadeira explosão da verticalização em Maringá. Já na década de 90, mediante mudanças políticas e econômicas, a verticalização configurasse de forma mais modesta e bastante diversa, o que tem continuidade neste início de século XXI. O número de prédios diminuiu radicalmente, a natureza das construções e seu público alvo também têm apresentado mudanças. O preço é bastante alto e as unidades pequenas, para solteiros ou estudantes. O Novo Centro é considerado uma área incorporada ao centro com objetivos de reprodução do capital e de especulação imobiliária. Esta área começou a ser construída após intensos conflitos e pressões sobre o poder público, constituindo-se em uma urbanização do possível
Abstract: This study analyzes the vertical growth process in Maringá-PR, that is taking place in an enclosed area at traditional center calls "New Center", more specifically, originated from the removal of the rail station and the patio of maneuvers place, as well as of the lowering of the rails. The area has largely been used for the vertical growth, what has caused an interesting urban process in the city. The vertical growth begins to make real when the economy in the country is modernized and the capitalism moves forward. As the space, the earth and the lodging in a capitalist society follow a capitalist logic, the vertical growth should also be understood inside of that logic. It interferes in the capitalist context through the valorization of the earth. In that sense, according to Souza (1994, p. 173) "there is no way to deny that the vertical growth geography corresponds with a geography of the valorization, clearly coupled, in its expansion process, to the infrastructure availability, due to which the poor people are permanently repelled." In that process the segregation happens. For segregation is understood a concept that is expressed in a space way, establishing zonings that end for to divide and to split up the population, each fraction in its homogenized space. The North Parana development, based on the agriculture of coffee mainly and modernized plantations destined to the export later, linked to the agribusiness, has been accumulating the necessary capital to undertake the referred process. In the 80's happened a true vertical growth explosion in Maringá. However in the 90's, by political and economical changes, the vertical growth has been configured in a more modest and quite several way, what has continuity in this XXI century beginning. The number of buildings radically decreased, the constructions nature and its aiming public have also been presenting changes. The price is quite high and the units are small for singles or students. The New Center is considered an incorporate area to the center with reproduction objectives of capital and of realestate speculation. This area began to be built after intense conflicts and pressures about the public power being constituted in an urbanization of the possible |