Resumo: O estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o índice de prenhez em função dos níveis energéticos da dieta no início da gestação e da taxa de glicose circulante, bem como a perda embrionária em função da condição corporal (CC) e da taxa de glicose circulante. Após a sincronização de estro e cobertura, 120 fêmeas Santa Inês foram distribuídas em quatro tratamentos, utilizando-se ração total, de 0 a 50 dias de gestação, para avaliar o índice de prenhez em função dos níveis energéticos da dieta e da taxa de glicose circulante, bem como a perda embrionária em função da CC e da taxa de glicose circulante. Os níveis de Nutrientes Digestíveis Totais (NDT) nos tratamentos foram: 59,68%; 66,28%; 72,93%; e 79,39%. No dia da cobertura e a cada dez dias, foram coletados 5 mL de sangue para determinação imediata do teor de glicose e para dosar a progesterona circulante. A partir do 25º dia pós-cobertura, realizaram-se exames de ultra-sonografia, com intervalo de cinco dias, para acompanhamento da gestação, visando avaliar perdas embrionárias. A taxa de perda embrionária foi correlacionada com os níveis energéticos dos tratamentos e os níveis de glicose circulante e, antes dos 20 dias, utilizaram-se os níveis sanguíneos de progesterona para estimar a prenhez. As fêmeas que apresentaram valores de progesterona acima de 1 ng/mL foram consideradas prenhas aos 20 dias. A mortalidade embrionária não foi influenciada (P_0,05) pela taxa de glicose sanguínea circulante das ovelhas, no dia da cobertura. A taxa de prenhez foi influenciada (P<0,05) pela CC das fêmeas no momento da cobertura, com maior índice de prenhez nas ovelhas com CC de 3 pontos (escala de 1 a 5). A glicose diminuiu com o aumento do peso e da CC, com as ovelhas mais pesadas e em melhor CC, apresentando maior probabilidade de mortalidade embrionária. Houve ganho de peso linear das ovelhas, de 0 a 50 dias pós-cobertura, em função do aumento dos níveis de energia da dieta. Recomenda-se cobrir ovelhas com maior taxa de glicose circulante e CC próxima a três e dieta com 59,68% de NDT, nos primeiros 50 dias de gestação.
Abstract: The aim of this study was to evaluate the pregnancy rate as a function of diet energy levels in early pregnancy and of blood glucose, as well as the embryo loss as a function of body condition and blood glucose. After estrus synchronization and breeding, 120 Santa Inês female sheep were distributed in four treatments, using total feed, from 0 to 50 days of pregnancy, to evaluate the pregnancy rate as a function of the levels of energy in diet and blood glucose, as well as embryo loss as a function of body condition (BC) and glucose level. Total Digestible Nutrients (TDN) levels in the diets were: 59.68%; 66.28%; 72.93%; and 79.39%. On the breeding day and each 10 days, five mL of blood were collected for immediate glucose determination and to evaluate blood progesterone level. From the 25° day after breeding, ultrasound exams were made each five days for pregnancy follow-up, aiming at evaluating embryo loss. The embryo loss rate was correlated with the energy levels of the treatments and the glucose level; before day 20, pregnancy was confirmed by the blood progesterone level. The females that had more than 1 ng/mL were considered pregnant at day 20. The embryo loss was not affected (P_0.05) by blood glucose of the ewes on the day of breeding. The pregnant rate was not affected (P<0.05) by the BC of the ewes in the moment of breeding, with a higher rate of pregnancy in the ewes with BC equal to 3 points (score from 1 to 5). The glucose lowered with weight and BC gain, the heavier ewes and with better BC with high probability of embryo loss. There was a linear weigh gain in the ewes, from 0 to 50 days after breeding, as a function of the increase in the feed energy level. It is recommended to breed ewes with a higher blood glucose and BC of about three points and diet of 59.68% TDN, in the first 50 days of pregnancy. |