Resumo: Quatro experimentos foram conduzidos com o objetivo de determinar o valor nutritivo e verificar o desempenho de coelhos em crescimento alimentados com rações, contendo diferentes níveis de milheto moído e milheto ensilado com e sem inoculante. O primeiro experimento foi conduzido com o objetivo de determinar o valor nutritivo do milheto (Pennisetum glaucum) ADR 7010 para coelhos em crescimento. No ensaio de digestibilidade, foram utilizados 22 coelhos da raça Nova Zelândia Branco, machos e fêmeas, com média de 45 dias de idade inicial, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, com dois tratamentos, uma ração-testemunha e uma raçãoteste composta por 70% do seu volume pela dieta referência e 30% pelo milheto moído e 11 repetições. Os coeficientes de digestibilidade aparente da MS (%), PB (%), FDN (%), FDA (%) e EB (%) do milheto moído foram 88,71; 85,39; 24,35; 18,56 e 75,02, e os respectivos valores digestíveis foram 81,25; 11,77; 4,28; 0,63 e 3361 kcal/kg. No segundo experimento, foi avaliado o desempenho de coelhos em crescimento alimentados com rações, contendo diferentes níveis de milheto moído. Foram utilizados 120 coelhos da raça Nova Zelândia Branco, sendo 60 machos e 60 fêmeas, com 32 dias de idade inicial, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos, dez repetições e dois animais por unidade experimental. As rações foram formuladas, contendo níveis crescentes de inclusão de milheto (20, 40, 60, 80 e 100%) em substituição ao milho de uma ração-testemunha. Não foram observadas diferenças no consumo diário de ração, no ganho diário de peso, na conversão alimentar, nas características de carcaça e no custo de ração por quilograma de coelho produzido, à medida que o milho foi substituído pelo milheto nas rações para coelhos, com base na energia digestível. Pode-se concluir que o milheto estudado apresentou bom valor nutritivo e pode substituir totalmente o milho em formulações de rações de coelhos em crescimento. O terceiro experimento foi conduzido com o objetivo de determinar o valor nutritivo do milheto ensilado com e sem inoculante enzimo-bacteriano Bacto Silo Máster Tropical, por meio de ensaio de digestibilidade. Foram utilizados 30 coelhos da raça Nova Zelândia Branco, 15 machos e 15 fêmeas, com 45 dias de idade inicial, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos e dez repetições. O uso de inoculante na ensilagem do milheto não melhorou a digestibilidade do milheto. Os coeficientes de digestibilidade aparente da MS (%), PB (%), FDN (%), FDA (%) e EB (%) do milheto ensilado sem e com inoculante foram 93,07 e 91,13; 90,63 e 85,26; 14,51 e 32,56; 19,83 e 17,66; 78,98 e 76, 72, respectivamente, e os valores digestíveis foram 90,17 e 88,74; 12,79 e 12,41; 3,31 e 7,3; 0,51 e 0,46; 3547 e 3427, respectivamente. No quarto experimento foi avaliado o desempenho de coelhos em crescimento alimentados com rações contendo diferentes níveis de milheto ensilado. Foram utilizados 220 coelhos da raça Nova Zelândia Branco, machos e fêmeas, com 32 dias de idade inicial, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com 11 tratamentos (níveis crescentes de inclusão de milheto ensilado com e sem inoculante) em substituição ao milho (20, 40, 60, 80 e 100%), mais uma ração-testemunha, dez repetições e dois animais por unidade experimental. Não foram observadas diferenças no consumo diário de ração, no ganho diário de peso, na conversão alimentar, nas características de carcaça e no custo em ração por quilograma de coelho produzido, quando o milho foi substituído pelo milheto ensilado com ou sem inoculante nas rações para coelhos, com base na energia digestível. Pode-se concluir que o milheto ensilado com e sem inoculante apresentou bom valor nutritivo e que pode substituir totalmente o milho nas rações de coelhos em crescimento. Quando este cereal for ensilado para utilização em dietas para coelhos não há necessidade da inclusão de inoculante.
Abstract: Four experiments were carried out in order to evaluate the nutritive value and the performance of growing rabbits fed with isoenergetic diets containing different pearl millet levels (Pennisetum glaucum) ADR 7010, ensiled with or without inoculant. The first experiment was carried out in order to evaluate the nutritive value of pearl millet levels fed to growing rabbits. In digestibility evaluation the nutritive values of pearl millet were determined for 22 New Zealand White rabbits, male and female, 45 days old, allotted in a completely randomized design, with two treatments, a reference diet and test diet composed of 70% of its volume by reference diet and 30% of pearl millet and with 11 replications. The apparent digestibility of DM (%), CP (%), NDF (%), ADF (%) and GE (%) of the pearl millet were 88.71, 85.39, 24.35, 18, 56 and 75.02, and their digestible values were 81.25, 11.77, 4.28, 0.63 and 3361 kcal/kg. The second experiment evaluated the performance of growing rabbits fed with isoenergetic diets containing different pearl millet levels. There were used 120 New Zealand White rabbits, 60 males and 60 females, with 32 days of age and allotted in a completely randomized design with six treatments, with 10 replications and two animals each one. The diets were formulated containing increased levels of pearl millet (0, 20, 40, 60, 80 and 100%) in substitution of the corn from reference diet. No differences were observed in the daily feed intake, the daily weight gain, the feed conversion, the carcass traits and the feed cost per kilogram of produced rabbit, when corn was replaced by pearl millet in feeds for rabbits, based on the digestible energy. It may be concluded that pearl millet has good nutritive value and may replace corn in growing rabbits diets. The third experiment was carried out in order to evaluate the nutritive value of growing rabbits fed with isoenergetic diets containing different pearl millet levels ensiled with or without inoculant enzimo-bacteriano Bacto Silo Máster Tropical through a digestibility assay the nutritive values of pearl millet were determined for 30 New Zealand White rabbits, 15 males and 15 females, 45 days old, allotted in a completely randomized design, with three treatments and ten replications. The use of inoculant did not increase the coefficients digestibility of pearl millet. The coefficients of apparent digestibility of DM (%), CP (%) NDF (%), ADF (%) and GE (%) of millet ensiled with and without inoculant were 93.07, 90.63, 14.51, 19.83, 78.98 and 91.13, 85.26, 32.56, 17.66, 76.72, respectively and the digestible values were 90.17 and 88.74; 12.79 and 12.41; 3.31 and 7.3; 0.51 and 0.46; 3547 and 3427, respectively. The fourth experiment evaluated the performance of growing rabbits fed with isoenergetic diets containing different pearl millet levels ensiled with or without inoculant enzimo-bacteriano Bacto Silo Máster Tropical. 220 New Zealand White rabbits (males and females) with 32 days of age were used and allocated in a completely randomized design, with 11 treatments (diets containing increased levels of pearl millet cultivar ensiled with or without inoculants) substituting the corn (20, 40, 60, 80 and 100% digestible energy) and ten replications with two animals each one. No differences were observed (P>0.05) in growing rabbits performance when pearl millet ensiled with or without inoculant replaced the corn. It may be concluded that the ensiled pearl millet has good nutritive value and millet silage with and without inoculant may replace corn in growing rabbits diets. When this grain for silage is used in rabbits diets do not need the addition of inoculant |