Resumo: Avaliar os efeitos da caminhada autosselecionada sobre marcador bioquímico de mulheres adultas obesas. Participaram deste estudo 48 mulheres obesas, que foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos, grupo experimental (CAS): 25 mulheres; idade 47,8 ± 6,4 anos e grupo controle (CON): 23 mulheres; idade 47,8 ± 8,4 anos. O grupo experimental foi submetido a um programa de caminhada, sendo realizada três vezes por semana com intensidade auto selecionada durante doze semanas, enquanto o grupo controle não realizou nenhum tipo de exercício físico de forma regular. Foram realizadas avaliação antropométrica, análise de marcadores bioquímicos e hemograma no período inicial e após as doze semanas em ambos os grupos. Não houve diferença significante para os dados de massa corporal (CON = pré 89,9 ± 14,0 Kg, pós 90,5 ± 11,2 Kg vs CAS pré 86,4 ± 10,1 Kg, pós 82,7 ± 11,5 Kg; p>0,05) e IMC (CON = pré35,7 ± 3,2 kg/m2, pós 36,0 ± 2,9 kg/m2 vs CAS pré 34,4 ± 2,9 kg/m2, pós 34,5 ± 3,4 kg/m2; p>0,05). Para a análise de marcadores bioquímicos e hemograma ocorreu as seguintes modificações: totais o grupo CAS apresentou reduções (~16 %); triglicerídeos sanguíneos verificou-se redução (~15%) entre os momentos pré e pós-treinamento para o grupo CAS (p < 0,05); os valores de colesterol HDL apresentaram aumentos (~17 %) significantes para o grupo CAS entre os momentos pré e pós-experimental (p< 0,05); os valores de glicemia, insulinemia e índice HOMA-IR reduziram (~10 %, ~16 % e ~25 %; respectivamente) significativamente entre os momentos pré e pós-treinamento para o grupo CAS (p < 0,05). Mulheres sedentárias e obesas que foram submetidas a caminhada autosselecionada foram capazes de promover alterações positivas significativas nos triglicerídeos, HDL e VLDL, sem mudanças no hemograma. Nenhuma alteração expressiva ocorreu para ambos os grupos quanto aos marcadores de função renal e hepática. A resistência insulínica foi a variável que sofreu alteração expressiva, modificada positivamente pela caminhada autosselecionada, sem intervenção dietética.Caminhar dentro de um ritmo fisiológico próprio proporciona alterações significativas nos biomarcadores metabólicos e bioquímicos de mulheres obesas sedentárias.
Abstract: To evaluate the effects of 12 weeks of an exercise program involving self-seletd rhythim on biochemical and metabolic markers in obeseadult women. A total of 50 obese women who were randomly assigned into two groups, experimental group (CAS): 25 women, aged 47.8 ± 6.4 years and a control group (CON): 23 women, aged 47.8 ± 8.4 years. The experimental group was subjected to a walking program, being held three times a week with self-selected intensity for twelve weeks, while the control group did not do any type of physical exercise on a regular basis. We evaluated anthropometric, and biochemical analysis of blood counts at baseline and after twelve weeks in both groups. There was no significant difference for the data of body mass (CON = 89.9 ± 14.0 kg pre, post 90.5 ± 11.2 kg vs. 86.4 ± 10.1kg, CAS pre, after 82.7 ± 11 , 5 kg, p> 0.05) and BMI (CON = 35.7 ± 3.2 kg/m2 pre, post 36.0 ± 2.9 kg/m2 vs. 34.4 ± 2.9 pre CAS kg / m2, post 34.5 ± 3.4 kg/m2, p> 0.05). For the analysis of biochemical markers and complete blood count occurred the following modifications: total SSR group showed reductions (~ 16%) and triglyceride blood there was a reduction (~ 15%) between pre-and post-training for the CAS group (p <0.05), HDL cholesterol values showed increases (~ 17%) significant for the CAS group between pre and post-experimental (p <0.05) levels of blood glucose, insulin and HOMA-IR reduced (~ 10% ~ 16% and ~ 25%, respectively) significantly between pre-and post-training for the CAS group (p <0.05). Sedentary and obese women who underwent walking self-seletd were able to promote significant positive changes in triglycerides, HDL and VLDL, without changes in complete blood count. No significant changes occurred for both groups in markers of renal and hepatic function. Insulin resistance was the variable that was altered expressive, positively by modifying self-seletd walk without dietary intervention. Walking into a physiological rhythm itself as well as changes in metabolic and biochemical biomarkers in sedentary obeses women. |