Resumo: A compreensão do funcionamento dos ecossistemas ocorre, em grande parte, por meio do conhecimento das interações dentro de suas teias alimentares, pelas quais ocorre o fluxo de matéria e energia. As abordagens das interações entre seus componentes são fundamentais para a compreensão das cadeias alimentares, dada a sua importância para a ciclagem de nutrientes, acumulo de biomassa e fluxo de carbono. Estes organismos podem ser fortemente afetados pela disponibilidade dos recursos e pelo efeito da predação em ambientes aquáticos. A influência dos mecanismos de controle ascendente e descendente sobre a abundância e a estrutura de tamanho das comunidades de protozoários planctônicos (flagelados e ciliados) foi avaliada, com a hipótese de que os mecanismos de controle ascendentes controlam a abundância das comunidades de protozoários enquanto que mecanismos de controle descendentes controlam o padrão de tamanho destes organismos. Como foi predito, os recursos parecem ser as variáveis mais importantes na determinação da abundância dos protozoários, representados principalmente pelo picofitoplâncton e bactérias. Já para o tamanho, tanto os recursos quanto os predadores tiveram importante papel na estruturação das comunidades. Além disso, a contribuição de recursos para a biomassa dos protozoários se deu principalmente pela herbivoria em todas as frações do fitoplâncton, tanto da superfície quanto no fundo dos ambientes.
Abstract: The understanding of ecosystem functioning occurs, in large part, through knowledge of their interactions within food webs, in which occurs the flow of matter and energy. Studies of interactions between its components are fundamental to the understanding of food chains, given its importance to nutrient cycling, accumulation of biomass and carbon flux. These organisms can be strongly affected by the availability of resources and the effect of predation on aquatic environments. We evaluated the influence of bottom-up and top-down control mechanisms on the abundance and size structure of planktonic protists (flagellates and ciliates), and hypothesized that bottom-up would control the abundance while top-down would affect the size of those organisms. As predicted, resources were the most important variables determining the abundance of protists, mostly by picophytoplankton and bacteria. The size structure was influenced by both resources and predation. Besides, resource contribution to protist biomass was mainly through herbivory in all phytoplankton sizes, both at the surface and the bottom of the environments. |