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Título [PT]: Transtorno mental na infância : vivências familiares
Título [EN]: Mental disorder in childhood: family experiences
Autor(es): Jéssica Batistela Vicente
Palavras-chave [PT]:

Saúde mental. Saúde da criança. Família. Relações familiares. Brasil.
Palavras-chave [EN]:
Mental Health. Child Health. Family. Nursing. Family Relations. Brazil.
Área de concentração: Enfermagem e o processo de cuidado
Titulação: Mestre em Enfermagem
Banca:
Ieda Harumi Higarashi [Orientador] - UEM
Sonia Silva Marcon - UEM
Maria Cândida de Carvalho Furtado - USP
Resumo:
Resumo: Este estudo teve o objetivo de compreender as vivências familiares na presença do transtorno mental na infância, apreender, a partir dos relatos da família, os sentimentos e reações da mesma e da comunidade frente à criança com transtorno mental e conhecer a rede social e o apoio social na perspectiva da família de crianças com transtorno mental. É uma pesquisa descritiva, exploratória com abordagem qualitativa. Os participantes da pesquisa foram 14 cuidadores preferenciais de crianças com transtorno mental, atendidas no Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPS-i) de Maringá. A seleção e a abordagem dos participantes se deram mediante intermediação dos funcionários do CAPS-i. A coleta de dados ocorreu no domicílio das famílias, nos meses de janeiro a abril de 2013, utilizando um roteiro semiestruturado. As entrevistas foram gravadas e os dados complementados pelo uso de Diário de Campo e analisados de acordo com a técnica de Análise Temática de Conteúdo de Bardin. Com a finalidade de representar de forma didática as informações referentes à configuração e rede de apoio social das famílias, foram construídos Genogramas e Ecomapas. O projeto foi aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Maringá, conforme Parecer 162.598/2012. Os resultados revelaram as dificuldades enfrentadas pelas famílias ao conviver com uma criança com transtorno mental. Com a descoberta da doença da criança, a rotina da família foi alterada e houve a necessidade de adaptação, pois além dos cuidados cotidianos que uma criança demanda, existe uma rotina de consultas especializas e de participação em grupos terapêuticos. Dentre as mudanças ocorridas, os cuidadores relataram a necessidade de abandonar o emprego, a falta de tempo para o lazer, o afastamento de amigos e de familiares. A principal dificuldade de relacionamento apontada foi atribuída à agressividade apresentada pela criança. A convivência com a criança com transtorno mental fez aflorar sentimentos nestes cuidadores, que incluíram: preocupação com o comportamento da criança, medo diante do universo desconhecido do transtorno mental, além de insegurança e tristeza. As famílias precisam de fontes de apoio para encarar e superar as dificuldades e, nesse sentido, verificou-se que a rede social de apoio dessas famílias constitui-se principalmente do CAPS-i e da igreja, sendo a principal fonte de apoio social, representada pela família extensa. Verificou-se que em alguns casos os vínculos afetivos foram fragilizados após o aparecimento da doença, pois os familiares não entendiam e não aceitavam a doença mental, o que gerou afastamento e sofrimento, já que os cuidadores esperavam que os laços consangüíneos fossem sinônimos de amor e união. Conclui-se que a doença mental é vista de forma estigmatizaste e fornecer informações à família é condição primordial para quebrar tal paradigma. Cabe ao enfermeiro fornecer informações, esclarecer dúvidas e, assim, sanar os medos e as angústias que tanto interferem no processo de adaptação destas famílias. Faz-se mister que o profissional procure conhecer as necessidades assistenciais de cada família no sentido de buscar subsídios para planejar e implementar o cuidado centrado na família.

Abstract: Current study analyzed family experiences in the wake of mental disorder in childhood so that the family´s and the community´s feelings and reactions to the child´s disease could be evaluated by their stories and the social network and support could be assessed from the family´s perspective. The investigation comprised a descriptive and exploratory research with a qualitative approach. Participants were 14 caregivers of children with mental disorder at the Children?s Psychosocial Central Care (CAPS-i) Maringa-PR. The approach and selection of the participants was provided through the intermediation of CAPS-I employees and data collection with semi-structured interviews took place in the home of families, between January and April 2013. Interviews were recorded and data were complemented by a field log and then analyzed according to Bardin Content Analysis technique. The genograms and eco-maps were prepared to didactically represent information on the families´ configuration and social support. The project was approved by the Permanent Committee for Ethics in Research Involving Human Beings of the State University of Maringa (162.598/2012). Results revealed the difficulties faced by families who had a child with mental disorders. The discovery of the child's disease changed the family´s routine and adaptation was required due to a routine of specialized medical visits and participation in therapeutic groups, besides the daily care demanded by the child. Owing to such changes, caregivers reported desire to leave the job, lack of time for recreation and separation from friends and family. The main relationship issue was attributed to the aggressiveness shown by the child. Living with a child with mental disorders brought out certain feelings in caregivers, which included concern on child's behavior, fear in the face of the unknown triggered by the mental disorder, insecurity and sadness. The families required support sources to face and overcome these difficulties. It may be observed that the families´ social support networks were mainly formed by the CAPS-I caregivers and church members, coupled to the main source of social support represented by the extensive family. In some cases the affective bonds were weakened immediately after the appearance of the disease. The family did not understand and did not accept the child´s mental disorder. This led to separation and suffering since the caregivers expected that consanguineous bonds were synonyms to love and union. It may be concluded that mental disorder is seen as a stigmatizing factor. Providing information to the family is a primary condition to break this paradigm. The nurse is responsible to provide information, answer questions and mitigate the fears and anguish that interfere with the family´s adaptation process. The health professional should kno professional should know the needs of each family to seek subsidies to plan and implement a family-centered care.
Data da defesa: 2013
Código: vtls000213389
Informações adicionais:
Idioma: Português
Data de Publicação: 2013
Local de Publicação: Maringá, PR
Orientador: Profª. Dr.ª Maria Angélica Pagliarini Waidman (em memória)
Co-Orientador: Profª. Dr.ª Ieda Harumi Higarashi
Instituição: Universidade Estadual de Maringá . Centro de Ciências da Saúde
Nível: Dissertação (mestrado em Enfermagem)/
UEM: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

Responsavel: beth
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: JÉSSICA.pdf
Tamanho: 2934 Kb (3004001 bytes)
Criado: 09-08-2016 17:28
Atualizado: 09-08-2016 17:36
Visitas: 929
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