Resumo: O Brasil é o segundo maior produtor e exportador de soja em grão, farelo e óleo do mundo, garantindo ao país um papel de grande potencial para o produto. A cultura da soja é atacada por diversas doenças causadas por fungos, bactérias e vírus, que oneram o custo de produção pela necessidade de adotar medidas de controle preventivas e curativas durante todo ciclo. Dentre as doenças a podridão radicular de fitóftora, causada por Phytophthora sojae, é considerada uma das mais destrutivas por causar morte das plantas em todas as fases de desenvolvimento. O uso de cultivares resistente é a principal medida de controle, uma vez que não existe controle químico específico para o patógeno. Desse modo, o controle alternativo apresenta-se como importante aspecto para investigação, que pode agrupar outras medidas de proteção das plantas contra as doenças, como controle biológico e a indução de resistência. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de fungos leveduriformes no controle de P. sojae. In vitro, avaliou-se o halo de inibição formado entre patógeno e antagonistas (dez leveduras) no pareamento de colônias e na produção de compostos voláteis em placas divididas. In vivo, a indução de resistência foi avaliada pela atividade das enzimas peroxidase, catalase, polifenoloxidase, fenilalanina amônia-liase e lipoxigenase, após tratamento com os fungos leveduriformes e inoculação do patógeno em plantas de soja. Avaliou-se também a produção de fitoalexinas em cotilédones de soja e em hipocótilos de feijoeiro. A severidade da doença foi estimada pelo comprimento da lesão 72h e 120h após inoculação do patógeno. No confronto entre patógeno e antagonista quatro leveduras destacaram-se pela formação do halo de inibição: Debaryomyces etchellsii, Saccharomyces cerevisiae 2, Pichia sp. e uma levedura isolada de uva passa (DRD1). Detectou-se aumento significativo na atividade da enzima peroxidase nos tratamentos D. etchellsii, S.cerevisiae 2, EM 21.1, Hanseniaspora opuntiae 2, batata dextrose (BD) e o precipitado Pichia sp. 2. Para a polifenoloxidase os melhores tratamentos foram D. etchellsii, S. cerevisiae 2, EM 21.1, H. opuntiae 2, Pichia sp. 2 e batata dextrose, apenas nas primeiras horas de avaliação. A produção de gliceolina em cotilédones de soja foi significativamente maior nos tratamentos H.opuntiae 1, S. cerevisiae 1, S. cerevisiae 2, EM 21.1, H. opuntiae 2, Pichia sp. 2, DRD1 , e Sapróbio (CUI), quando comparados com a testemunha (água). Para faseolina produzida em hipocótilos de feijão, Pichia sp. foi o único tratamento que superou e diferiu estatisticamente da testemunha. Os fungos leveduriformes não apresentaram eficiência para reduzir a severidade da doença.
Abstract: Brazil is the second largest producer and exporter of soybeans, meal and oil in the world, ensuring the country a role of great potential for the product. The soybean crop is attacked by various diseases caused by fungi, bacteria and viruses which burdens the cost of production by the need to adopt measures of preventive and curative control throughout cycle. Among the diseases of Phytophtora root rot caused by Phytophthora sojae, is considered one of the most destructive for causing death of plants in all stages of development. The use of resistant cultivars is the primary measure of control, since there is no chemical control for the specific pathogen. Thus, alternative control Phytophtora presents itself as an important aspect of research, which can bundle other measures of protecting plants against diseases, such as biological control and resistance induction. The objective of this study was to evaluate the potential of yeasts in controlling P. sojae. In vitro, evaluated the inhibition zone formed between pathogen and antagonist in pairing colonies and production of volatile compounds in divided plates. In vivo, induction of resistance was assessed by the activity of peroxidase, catalase, polyphenol oxidase, phenylalanine ammonia lyase and lipoxygenase, after treatment with yeast-like fungi and pathogen inoculation in soybean . We also evaluated the production of phytoalexins in soybean cotyledons and hypocotyls of bean. Disease severity was estimated by lesion length 72 and 120h after pathogen inoculation. In the confrontation between pathogen and antagonist yeast four highlighted by the formation of inhibition zone Debaryomyces etchellsii, Saccharomyces cerevisiae 2, Pichia sp. and an isolated yeast raisin (DRD1). We detected a significant increase in the activity of peroxidase in treatments D. etchellsii, S. cerevisiae 2, EM 21.1 , Hanseniaspora opuntiae 2, potato dextrose (BD) and Pichia sp . 2 precipitate. For polyphenoloxidase the best treatments were D. etchellsii, S. cerevisiae 2, EM 21.1, H. opuntiae 2, Pichia sp. 2 and BD, only the first hours of review. The production of glyceollin in soybean cotyledons was significantly higher in treatments H. opuntiae 1, S. cerevisiae 1, S. cerevisiae 2, EM 21.1, H. opuntiae 2, Pichia sp. 2, DRD1 , and saprobic (CUI) , when compared with the control (water). To phaseolin produced in bean hypocotyls, Pichia sp. was the only treatment that overcame and statistically different from the control. The yeasts showed no efficiency to reduce disease severity. |