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Título [PT]: Vitamina A e vitamina D3 na alimentação de frangos de corte
Autor(es): Ana Flávia Quiles Garcia Guerra
Palavras-chave [PT]:

Retinol. Colecalciferol. Coloração de carne. Resistência óssea. Brasil.
Palavras-chave [EN]:
Retinol. Cholecalciferol. Meat color. Bone strength. Brazil.
Área de concentração: Produção Animal
Titulação: Doutor em Zootecnia
Banca:
Alice Eiko Murakami [Orientador] - UEM
Ricardo Vianna Nunes - UNIOESTE
Tatiana Cardesso dos Santos - UEM
Cinthia Eyng - UNIOESTE
Jovanir Inês Müller Fernandes - UFPR
Resumo:
Resumo: Foram realizados quatro experimentos com o intuito de avaliar a vitamina A e a vitamina D3 na alimentação de frangos de corte sobre o desempenho, rendimento de carcaça, qualidade de carne, qualidade óssea e sistema imune. No experimento I, para avaliar níveis de metabólitos da vitamina D3 sobre o desempenho, variáveis ósseas e morfometria intestinal, foram utilizados 1.344 pintos machos de um dia, Cobb, distribuídos em um esquema fatorial 2x4, sendo dois metabólitos da vitamina D3 (D3 e 1,25(OH)2D3) e quatro níveis (200, 950, 1.700 e 2.400 UI/kg de ração), com seis repetições e 28 aves por unidade experimental. Não houve interação (p>0,05) entre os metabólitos e os níveis de vitamina D3 para nenhuma das variáveis avaliadas. O consumo de ração e o ganho de peso (1 a 21 dias) apresentaram efeito quadrático (p<0,05) com maior consumo de ração e melhor ganho de peso estimado em 1.772,39 e 1.760,14 UI/kg, respectivamente. Para peso relativo dos órgãos aos 7 dias, observou-se efeito linear crescente (p<0,05) para intestino delgado em relação ao aumento de vitamina D3 na dieta e aos 21 dias o peso relativo do fígado foi influenciado de forma quadrática (p<0,05), com maiores pesos estimados em 1.811,40 UI/kg. Dentre os diferentes metabólitos, a vitamina D3 apresentou melhor ganho de peso (p<0,05), maior comprimento de intestino (p<0,05) e menor peso de fígado (p<0,05) aos 21 dias comparada ao metabólito 1,25(OH)2D3. Para as variáveis ósseas, houve efeito linear crescente para cinzas (p<0,05) aos 7 e 21 dias em função dos níveis de vitamina D3 e efeito quadrático para resistência óssea, com melhor resultado estimado em 1.768,49 UI/kg. As porcentagens de cálcio nas cinzas aos 7 dias, de fósforo nas cinzas e cálcio sérico aos 21 dias foram influenciadas de forma linear crescente (p<0,05) em função dos níveis de vitamina D3. As demais variáveis não foram influenciadas pelos diferentes níveis de vitamina D3 (p>0,05). No experimento II, para avaliar o melhor nível de vitamina definido no experimento I, com a adição de metabólitos (25(OH)2D3, 1,25(OH)2D3 e 1α(OH)D3) on top sobre o desempenho e qualidade óssea foram utilizados 625 pintos machos de um dia, Cobb, distribuídos em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (T1-2.375 UI D3/kg); T2-1.780 UI/kg D3/kg; T3- 1.780 UI/kg D3 + 100mg de 1,25(OH)2D3/kg; T4- 1.780 UI D3/kg + 0,069kg de 25(OH) D3/kg e T5-1.780 UI D3/kg + 500mg de 1α (OH)D3/kg), com cinco repetições e 25 aves por unidade experimental. Não houve efeito (p>0,05) dos metabólitos da vitamina D3 para as variáveis de desempenho, ósseas e variáveis séricas. Os demais fatores não foram influenciados pelos metabólitos da vitamina D3. Níveis variando de 1768 a 1772UI/kg de ração, seja de vitamina D3 ou 1,25(OH)2D3, para frangos de corte na fase inicial, permitiram maximizar o ganho de peso das aves e aumentar a resistência óssea. A resposta à suplementação dos metabólitos on top (25(OH)D3; 1,25(OH)2D3 e 1α(OH)D3) mostrou-se similar às dietas com vitamina D3 isolada. No experimento III, objetivou-se avaliar a vitamina A e vitamina D3 em dietas de frangos de corte sobre o desempenho, rendimento de carcaça e qualidade da carne. Foram utilizados 1.520 pintos machos de um dia, Cobb, distribuídos em um esquema fatorial 5x4, sendo cinco níveis de vitamina A (0, 9.000, 18.000, 36.000 e 54.000 UI) e quatro de vitamina D3 (200, 950, 1.700 e 2.450 UI) com quatro repetições e 19 aves por unidade experimental. Não houve interação (p>0,05) entre os níveis de vitamina A e vitamina D3 para o desempenho, rendimento de carcaça e qualidade de carne. A suplementação de vitamina A afetou de forma linear crescente o ganho de peso e o consumo de ração no período de 1 a 21 dias, e de forma quadrática no período total (42 dias) com melhor ganho de peso e maior consumo de ração nos níveis de 35.193,58 e 37.016,72 UI. No entanto, não foram observadas diferenças (p>0,05) para conversão alimentar em nenhum dos períodos avaliados. O rendimento de carcaça não foi influenciado pelos níveis de vitamina A, entretanto o rendimento de peito, coxa e sobrecoxa apresentaram efeito quadrático (p<0,05), com melhores resultados estimados em 29.430,75 e 30.630,83 UI/kg. Além disso, a vitamina A apresentou influência sobre a intensidade de amarelo da carne do peito, da coxa e sobrecoxa. A adição de vitamina D3 nas dietas afetou o ganho de peso e consumo de ração de forma linear crescente (p<0,05) no período de 1 a 21 dias e apresentou comportamento quadrático no período de 1 a 42 dias, com maior ganho de peso estimado em 1.841,70 UI de Vitamina D3/kg e maior consumo no nível de 1.900,32 UI de Vitamina D3/kg. A conversão alimentar não foi influenciada (p>0,05) pelos níveis de vitamina D3 utilizados. De modo semelhante, o rendimento de carcaça seguiu a mesmo comportamento do ganho de peso, apresentando melhores rendimentos de peito, coxa e sobrecoxa nos níveis estimados de 1.663,27 e 1.763,33 UI de vitamina D3/kg. A vitamina D3 influenciou de forma quadrática (P<0,05) a intensidade de vermelho da carne da coxa, com menor nível estimado em 1.559 UI/kg. Dentre os níveis avaliados, não houve interação entre vitamina A e vitamina D3 para o desempenho, rendimento de carcaça e cortes e qualidade de carne. A suplementação de níveis independentes de vitamina A de 54.000 UI/kg no período de 1 a 21 dias e 35.195,38 UI/kg de ração no período de 1 a 42 dias e de 2.450UI/kg de vitamina D3 no período de 1 a 21 dias e 1.841,70 UI/kg no período de 1 a 42 dias, permitem maximixar o desempenho, sem prejudicar o rendimento de carcaça e a qualidade de carne. No experimento IV, com o objetivo de avaliar a vitamina A e a vitamina D3 nas dietas de frangos de corte sobre a qualidade óssea e sistema imune, foram utilizados 1.520 pintos machos de um dia, Cobb, distribuídos em esquema fatorial 4x5, sendo quatro níveis de vitamina D3 (200, 950, 1.700 e 2.450 UI) e cinco níveis de vitamina A (0, 9.000, 18.000, 36.000 e 54.000 UI), com quatro repetições e 19 aves por unidade experimental. Houve interação (p<0,05) para cinzas ósseas aos 7 dias, com melhor deposição mineral no nível estimado de 36.000 UI de vitamina A/kg associado a 200 UI de vitamina D3/kg. Para o diâmetro, comprimento, índice de seedor, resistência óssea e concentração de cálcio e fósforo não houve interação (p>0,05) entre as vitaminas A e D3. A suplementação de vitamina A influenciou de forma quadrática (p<0,05) o fósforo nas tíbias aos 21 dias, com maiores teores deste mineral no nível estimado de 29.607,23 UI de vitamina A/kg e de forma linear crescente (p<0,05) o fósforo sérico (21 dias) e o comprimento ósseo (42 dias). Com a suplementação dos níveis de vitamina D3 a resistência óssea aos 7 e 21 dias apresentou comportamento quadrático (p<0,05) com maiores resistências em níveis estimados de 1.937,48 e 2.011,57 UI de vitamina D3/kg e comportamento linear decrescente (p<0,05) aos 42 dias para área epifisária total e zona de cartilagem, confirmando a importância da vitamina D3 no metabolismo ósseo e na prevenção de discondroplasia tibial. Para título de anticorpos contra a doença de Newcastle, a vitamina D3 apresentou efeito linear crescente, com aumento da resposta conforme aumentou os níveis de vitamina D3. Para vitamina A, o título de anticorpos contra a doença de Newcastle apresentou comportamento quadrático (p<0,05), com menor resposta no nível estimado de 23.763,78 UI/kg. A suplementação de vitamina A, independente, em nível de 29.607,23 UI/kg proporcionou melhor deposição mineral nos ossos, e a de vitamina D3 em nível de 2.011,57 UI/kg resultou em melhor resistência óssea e prevenção de discondroplasia tibial. As concentrações utilizadas de vitamina A e D3 não interferiram no sistema imune.

Abstract: Four experiments have been conducted to evaluate the vitamin A and D3 on performance, carcass yield, meat and bone quality and immune system of broilers feed. In Experiment I, in order to assess levels of vitamin D3 metabolites on performance, bone quality and intestinal morphometry1,344 Cobb male chicks were distributed in a factorial 2x4, with two metabolites of vitamin D3 (D3 and 1.25 (OH)2D3) and four levels (200, 950, 1,700 and 2,400 IU vitamin D3/kg of diet), with six replicates of 28 birds each. There was no interaction (P>0.05) among metabolites and vitamin D3 levels for any of the variables evaluated. Feed intake and weight gain (1 to 21 days) presented a quadratic effect (P<0.05) in which the higher feed intake and better weight gain were estimated at 1,772.39 and 1,760.14 IU of vitamin D3/kg, respectively. For relative weight of organs at 7 days there was an increasing linear response for small intestine in relation to vitamin D3 in the diet, and at 21 days the relative weight of liver presented a quadratic response with higher weights estimated at 1,811.40 IU/kg. Among metabolites, vitamin D3 had better (p<0.05) weight gain, higher (p<0.05) intestine length and lower (P<0.05) liver weight on day 21 compared to metabolite 1.25 (OH)2D3. Regarding the bone variables, there was a positive linear effect on ash (P<0.05) at days 7 and 21 due to the levels of vitamin D3 and quadratic effect on bone strength, in which the best result was obtained at 1,768.49 IU/kg. The percentages of calcium in the ash at day 7, of phosphorus in the ash and serum calcium at day 21 were increasing linearly influenced due to vitamin D3 levels. The other variables were not affected (p> 0.05) by different levels of vitamin D3. In Experiment II, in order to evaluate the vitamin D3 metabolites (25(OH)D3; 1,25(OH)2D3 and 1α(OH)D3) on top associated with the best level of vitamin D3 obtained in Experiment I on performance and bone quality, 625 one-day-old Cobb male chicks were distributed in a completely randomized experimental design with five treatments (T1-2375UI D3 / kg); T2-1780UI / kg D3 / kg; T3 1780 IU / kg + D3 100mg of 1,25(OH)2D3 / kg; T4 1780UI D3 / kg + 0,069kg 25(OH)D3 / kg and T5-1780UI D3 / kg + 500 mg of 1α(OH)D3 / kg), with five replicates and 25 birds each. There was no effect (P>0.05)of vitamin D3 metabolites on performance variables. There was effect of different sources of vitamin D3 on the activity of alkaline phosphatase enzyme, which was more active (P<0.05) due to supplementation of active analogue of vitamin D3, 1α(OH)D3. Other factors were not affected by vitamin D3 metabolites. The supplementation of vitamin D3 level of 1,772.39 IU/kg of diet, regardless the metabolite for broilers in the initial phase, enabled maximize weight gain of birds and increased bone strength. However, the administration of various metabolites of vitamin D3 on top did not improve the use of vitamin D3. In Experiment III, with the objective of evaluate vitamin A and D3 in broilers feed on performance, carcass yield and meat quality 1.520 one-day-old Cobb male chicks were distributed in a factorial scheme 5x4, with five levels of vitamin A (0, 9,000, 18,000, 36,000 and 54,000 IU) and four different levels of vitamin D3 (200, 950, 1,700 and 2,450 IU), with four replicates and 19 birds each. There was no interaction (p>0.05) among levels of vitamin A and vitamin D3 for performance, carcass yield and meat quality. Vitamin A supplementation affected increasing linearly the weight gain and feed intake of birds from 1 to 21 days and quadratically in the total period (1-to-42 days) with better weight gain and higher feed intake at levels 35,193.58 and 37,016.72 IU Vitamin A/kg. However, there were no differences (p>0.05) for feed conversion in any periods evaluated. The carcass yield was not affected by vitamin A levels, however for breast and thighs + drumsticks yield (%) we observed quadratic effect (p<0.05), with better yields estimated at 29,430.75 and the 30,630.83IU of vitamin A/Kg. Additionally, vitamin A presented influence on yellow color intensity of breast meat and thighs + drumsticks. Vitamin D3 addition in diets affected increasing linearly the weight gain and feed intake (p<0.05) from 1 to 21 days and showed quadratic effect between 1 and 42 days, with higher weight gain estimated in 1,841.70 IU of vitamin D3/kg and higher feed intake at 1,900.32 IU of Vitamin D3/kg. The feed conversion was not affected (p>0.05) by levels of vitamin D applied. Similarly, carcass yield presented the same trend of weight gain, presenting better breast yield (%) and thigh + drumstick (%) on the estimated levels of 1,663.27 and 1,763,33 IU of vitamin D3/kg, respectivelly. Vitamin D3 had a quadratic effect (P<0.05) on the intensity of red on thigh meat, with lower level estimated at 1,559 IU vitamin D3/kg Within the assessed levels there is no interaction among vitamin A and vitamin D3 on performance, carcass yield and cuts and meat quality. Supplementation of independent vitamin A levels of 54,000 IU/kg from 1 to 21 days and 35,195.38 IU/kg from 1 to 42 days, and 2,400 IU/kg of vitamin D3 from 1 to 21 days and 1,841.70 IU/kg from 1 to 42 days allow performance improvement without harming the carcass yield and meat quality. In Experiment IV, in order to evaluated vitamins A and D3 in broilers feed on bone quality and immune system, 1,520 one-day-old Cobb male chicks were distributed in a factorial scheme 4x5, with four different levels of vitamin D3 (200, 950, 1,700 and 2,450UI) and five levels of vitamin A (0, 9,000, 18,000, 36,000 and 54,000 IU), with four replicates and 19 birds each. There was interaction (p<0.05) for bone ash (%) on day 7, with the best mineral deposition at the level of 36,000 IU of vitamin D3/kg associated with 200 IU of vitamin D3/kg. For diameter, length, seedor index, bone strength and concentration of calcium and phosphorus, there was no interaction (p>0.05) among the vitamins A and D3. Vitamin A supplementation had a quadratic effect (p<0.05) on phosphorus in the tibia (%) on the 21st day, with higher levels of this mineral in the estimated level of 29,607.23 IU of vitamin A/kg and increasing linearly (p<0.05) the serum phosphorus (21 days) and the bone length (42 days). With supplementation of vitamin D3 levels the bone strength at 7 and 21 days showed quadratic behavior (p<0.05) with higher resistances at estimated levels of 1,937.48 and 2,011.57 IU of vitamin D3/kg and decreasing linear effect (p<0.05) at 42 days for total epiphyseal area and cartilage zone, confirming the importance of vitamin D3 in bone metabolism and in the prevention of tibial dyschondroplasia. For serum antibodies against Newcastle disease, vitamin D3 showed increasing linear effect, elevating the response as levels of vitamin D3 increased. For vitamin A, the antibody title against Newcastle disease showed a quadratic behavior (p<0.05), with lower response for estimated level of 23,763.78 IU/kg. Supplementation of vitamin A, independently, at level of 29,607.23 IU/kg resulted in better mineral deposition in the bone and vitamin D3 supplementation in level of 2,011.57 IU/kg resulted in the best bone strength and prevention of tibial dyschondroplasia. The concentrations of vitamin A and D3 used did not interfer the immunological system.
Data da defesa: 9/02/2016
Código: vtls000222229
Informações adicionais:
Idioma: Português
Data de Publicação: 2016
Local de Publicação: Maringá, PR
Orientador: Prof.ª Dr.ª Alice Eiko Murakami
Instituição: Universidade Estadual de Maringá . Centro de Ciências Agrárias
Nível: Tese (doutorado em Zootecnia)
UEM: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia

Responsavel: elaine
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: tese corrigida-PDF.pdf
Tamanho: 1243 Kb (1272893 bytes)
Criado: 23-05-2016 14:12
Atualizado: 23-05-2016 14:27
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