Resumo: Essa dissertação adotou o modelo alternativo (escandinavo) na formulação de dois objetivos: a) determinar a exposição de servidores da área da saúde a comportamentos e fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis; b) associar as barreiras auto referidas para a prática de atividade física e mudança de comportamento em servidores. Pesquisa com delineamento transversal, realizada nos meses de outubro a dezembro de 2016. A população foi composta por 485 servidores efetivos de um Hospital Escola do Sul do Brasil, com idade de 22 a 66 anos. A pesquisa foi efetivada no local de trabalho de cada servidor, em forma de entrevista (junção de questionários validados), avaliação antropométrica (peso, altura, circunferência abdominal) e aferição da pressão arterial. Somente aqueles que aceitaram participar da pesquisa e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram avaliados. As variáveis analisadas foram: nível de atividade física, índice de massa corporal, circunferência abdominal, pressão arterial, faixa etária, tabagismo, consumo de álcool, horas despendidas de sono, estágio de mudança de comportamento e barreiras para a prática de atividade física. Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisas com seres humanos da Universidade Estadual de Maringá. Os homens apresentaram prevalências superiores de sobrepeso/ obesidade e circunferência abdominal elevada, respectivamente 74,4% e 51,7%. Quando ajustado por faixa etária houve uma associação significativa em sobrepeso/obesidade (p=0,005) e circunferência abdominal (p=0,027). A maior prevalência de condições de risco encontra-se na faixa etária de 40 a 50 anos, se mantendo no decorrer da idade. Quando considerada a análise ajustada por sexo, a população geral de 50 anos ou mais, tiveram 2,2 vezes mais chance de apresentar circunferência abdominal elevada e 2,5 vezes mais chance de apresentar IMC elevado (IC (1,1 - 4,5) p=0,025 e IC (1,5 - 4,3) p=0,001). A avaliação das barreiras percebidas para a prática de atividade física afirmou a preguiça (44,1%), falta de tempo livre (63,1%) e falta de companhia (34,1%) como principais motivos que impedem ou dificultam os indivíduos se engajarem na prática de atividades. Os homens deste estudo apresentaram diferença significativa entre os comportamentos inativos e ativos nas barreiras: não gostar de AF (p=0,018), lesão (p=0,003) e companhia (p=0,005). Já entre as mulheres, houve diferença significativa somente na barreira medo de lesão (p=0,002). Níveis preocupantes de inatividade física foram verificados em todas as faixas etárias, isso alerta para estratégias de promoção da atividade física desde a contratação destes servidores e aponta a necessidade da valorização das horas despendidas de trabalho, como efetivas estratégias de promoção da saúde.
Abstract: This dissertation adopted the alternative model (Scandinavian) in the formulation of two objectives: a) to determine the exposure of health workers to behaviors and risk factors for the development of chronic non-communicable diseases; B) to associate the self-reported barriers to the practice of physical activity and behavior change in servers. A cross-sectional survey was carried out from October to December 2016. The population was composed of 485 effective employees of a School Hospital of Southern Brazil, aged 22 to 66 years. The research was carried out in the workplace of each server, in the form of interviews (junction of validated questionnaires), anthropometric evaluation (weight, height, waist circumference) and blood pressure measurement. Only those who agreed to participate in the study and who signed the Free and Informed Consent Form were evaluated. The variables analyzed were: physical activity level, body mass index, waist circumference, blood pressure, age range, smoking, alcohol consumption, hours of sleep, stage of behavior change and barriers to the practice of physical activity. This work was approved by the ethics committee in researches with human beings of the State University of Maringá. Men presented higher prevalences of overweight / obesity and high abdominal circunference, respectively 74.4% and 51.7%. When adjusted for age, there was a significant association between overweight / obesity (p = 0.005) and abdominal circumference (p = 0.027). The highest prevalence of risk conditions is in the age group of 40 to 50 years, remaining in the course of the age. When considered the gender-adjusted analysis, the general population aged 50 years or older was 2.2 times more likely to have high waist circumference and 2.5 times more likely to have a high BMI (CI (1.1 - 4.5 ) P = 0.025 and IC (1.5 - 4.3) p = 0.001). The evaluation of the perceived barriers to the practice of physical activity affirmed laziness (44.1%), lack of free time (63.1%) and lack of companionship (34.1%) as the main reasons that hinder or hinder individuals Engage in the practice of activities. The men in this study had a significant difference between inactive and active behaviors in the barriers: not liking AF (p = 0.018), injury (p = 0.003) and company (p = 0.005). Among women, there was a significant difference only in the barrier fear of injury (p = 0.002). Concern levels of physical inactivity were observed in all age groups, this is a warning for strategies to promote physical activity from the hiring of these servers and points out the need to value the hours spent working as effective strategies for health promotion. |