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Início > Produção Científica do Nupélia/PEA > Capí­tulo

Título: Relações entre macrófitas aquáticas e fauna de peixes
Autor(es): AGOSTINHO, A.A.; GOMES, L.C.; JÚLIO JÚNIOR., H.F.
Palavras-chave [PT]:

Peixes. Macrófitas aquáticas. Fauna associada.
Palavras-chave [EN]:
Fishes. Aquatic macrophytes. Associated fauna. Aquatic vegetation.
Resumo:
Synopsis:

Introdução

A presença da vegetação em corpos de água é um dos principais fatores ligados à estruturação dos habitats ocupados pelas comunidades animais aquáticos. Além de seu papel na dinâmica dos nutrientes, contribui para o aumento na heterogeneidade estrutural dos habitats, afetando a diversidade biológica, as relações interespecíficas e a produtividade do sistema. A adição de complexidade estrutural ao ambiente aquático, promovido pelas macrófitas aquáticas, por exemplo, eleva a disponibilidade de abrigos para as espécies de peixes forrageiros e formas jovens daquelas de grande porte, reduzindo a taxa de mortalidade e influenciando as interações interespecíficas (Savino; Stein, 1982). As macrófitas fornecem, ainda, o substrato para o desenvolvimento de organismos utilizados na alimentação da maioria das espécies de peixes, pelo menos durante as fases iniciais de desenvolvimento, alem de servirem como locais de desova de espécies fitófilas (Dibble; Killgore; Harrel, 1996).

Os benefícios das macrófitas na estrutura das assembléias têm sido associados, segundo Miranda e Hodges (2000), ao balanceamento entre a eficiência de forrageamento dos predadores e às necessidades de refúgio da presa (Heck Jr.; Thoman, 1981; Dione; Folt, 1991); à elevação da capacidade de suporte pelas fontes de alimento resultantes do aumento na disponibilidade de substrato (Lillie; Budd, 1992), e elevação da produtividade decorrente de seu efeito positivo sobre a penetração da luz (Trebitz; Nibbelink, 1996). Esses benefícios parecem ser mais evidentes em densidades intermediárias de macrófitas.

A importância da presença das macrófitas para a diversidade específica pode ser evidenciada por um paralelo entre uma floresta tropical luxuriante e uma árida paisagem de dunas. Embora não passível de amplas comparações, isso dá uma dimensão das diferenças nas estruturas de habitats entre um corpo de água com e sem macrófitas (Scheffer, 1998). Outro paralelo que soa razoável é o da estrutura de populações animais em ambientes aquáticos dominados por uma única espécie de macrófitas e as culturas monoespecíficas na silvicultura. Em ambas as situações, a diversidade de espécies animais é reduzida.

Quando em excesso, entretanto, a eficiência de forrageamento dos predadores é prejudicada, levando a redução na biomassa destes, ao mesmo tempo que a redução na mortalidade das presas aumenta suas abundância e biomassa, fortalecendo as interações competitivas, podendo resultar em baixo crescimento (nanismo). Além disso, o excesso de macrófitas altera a qualidade da água, especialmente a concentração de oxigênio durante os meses quentes e à noite (Miranda; Driscoll; Allen, 2000), produzindo condições que podem não ser toleráveis pelos peixes e que se assemelham, em seus efeitos, à redução na eficiência do forrageamento e à exacerbação das interações competitivas (Miranda; Hodge, 2000).

Embora os estudos do papel das macrófitas aquáticas na estrutura das assembléias de peixes tropicais sejam ainda escassos, busca-se, neste capítulo uma breve revisão do conhecimento disponível e uma avaliação das implicações do controle dessas plantas sobre a ictiofauna.
Descrição:
AGOSTINHO, Angelo Antonio; GOMES, Luiz Carlos; JÚLIO JÚNIOR, Horácio Ferreira. Relações entre macrófitas aquáticas e fauna de peixes. In: THOMAZ, Sidinei Magela; BINI, Luis Mauricio (Ed.). Ecologia e manejo de macrófitas aquáticas. Maringá: EDUEM, 2003. cap.13, p.[261]-279.
Código: 224

Responsavel: admin
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: 131-THOMAZ-Agostinho-etal.pdf
Tamanho: 1194 Kb (1222627 bytes)
Criado: 26-04-2008 12:02
Atualizado: 27-06-2008 16:41
Visitas: 3848
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