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Título [PT]: Influência dos lipídios da ração sobre o desenvolvimeno ósseo e sua composição lipídica em frangos de corte
Autor(es): Elis Regina de Moraes Garcia
Palavras-chave [PT]:

Ácidos graxos. Ômega-3. Ômega-6. Aves. Composição mineral. Frangos de corte. Óleo de linhaça. Parâmetros ósseos. Prostaglandina E2. Maringá. Paraná. Brasil.
Palavras-chave [EN]:
Fatty acids. Omega-3. Omega-6. Birds. Mineral composition. Broilers. Linseed oil. Bone parameters. Prostaglandin E2. Maringá. Paraná. Brazil.
Área de concentração: Produção Animal
Titulação: Doutor em Zootecnia
Banca:
Alice Eiko Murakami (Orientador) - UEM
Massami Shimokomaki - UEL
Elias Nunes Martins - UEM
Antonio Claudio Furlan - UEM
Nilva Kazue Sakomura - UNESP/Jaboticabal
Resumo:
Resumo: Foram conduzidos dois experimentos no aviário Experimental da Universidade Estadual de Maringá, com objetivo de avaliar o desempenho, os parâmetros ósseos, a composição mineral, o perfil de ácidos graxos e a concentração de PGE2 em tíbias e fêmures de frangos de corte alimentados com fontes de óleo enriquecidos com ácidos graxos ômega 3 e 6, no período de 1 a 42 dias de idade. No Experimento 1, foi adotado um delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos, seis repetições e 50 aves por unidade experimental, em que as aves receberam rações formuladas com diferentes fontes de óleo: soja (OS), girassol (OG), canola (OC), linhaça (OL) e vísceras (OV) durante a fase inicial (1 a 21 dias). Na fase de crescimento (22 a 42 dias), cada tratamento utilizado na fase inicial foi desmembrado em dois tratamentos, de modo que um grupo de aves continuou a receber a mesma fonte de óleo utilizada na fase anterior e outro grupo passou a receber OS na dieta. Portanto, nessa fase, foram utilizados nove tratamentos, três repetições e 44 aves por unidade experimental, também em um delineamento inteiramente casualizado. No período de 1 a 7 dias de idade, observou-se efeito positivo (P<0,05) da adição de OL sobre o ganho de peso e o peso médio final das aves, quando comparadas àquelas que receberam OS na ração. Nos períodos de 1 a 14 dias e 1 a 21 dias de crescimento não foi verificado efeito (P>0,05) entre os diferentes tratamentos sobre o desempenho das aves. Não houve diferenças (P>0,05) entre os tratamentos para os parâmetros ósseos, entretanto, essas variáveis foram influenciadas (P<0,05) pela idade. No período inicial, a concentração de cinzas (g e %) foi superior (P<0,05) para as aves que receberam OL na ração, contudo, esse efeito não foi observado (P>0,05) na fase de crescimento. As aves alimentadas com OL apresentaram maiores concentrações de ácido linolênico (18:3n-3), eicosapentaenóico (20:5n-3), docosapentaenóico (22:5n-3) e docosahexaenóico (22:6n-3) nos ossos, enquanto que os maiores níveis dos ácidos linolêico (18:2n-6) e araquidônico (20:4n-6) foram obtidos para o OG, aos 21 dias. No período de crescimento, as aves que receberam os mesmos tratamentos utilizados na fase inicial e aquelas que passaram a receber OS refletiram no osso o perfil de ácidos graxos das rações. Nessa mesma fase, as concentrações dos ácidos graxos ômega 3 na tíbia das aves alimentadas com OL se reduziram com a idade, demonstrando que a incorporação lipídica depende da necessidade do tecido, considerando que nessa fase o crescimento ósseo é mais lento. A concentração de PGE2 foi reduzida para o tratamento baseado em OL quando esse foi comparado ao OG, OV e OC aos 21 dias, contudo, aos 42 dias não houve influência dos tratamentos sobre essa variável. Conclui-se que o uso de OL, em rações para frangos de corte pode ser benéfico para o desempenho e a mineralização óssea na fase inicial de criação. Além disso, a composição lipídica da ração é refletida nos ossos e as fontes de óleo ricas em ácidos graxos ômega 3 são capazes de diminuir a concentração de PGE2 nas células e reduzir os problemas relacionados com a formação óssea em frangos de corte. No Experimento 2, foi adotado um delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos, seis repetições e 50 aves/unidade experimental, em que as aves receberam rações formuladas com níveis crescentes de OL (2,0; 3,5; 5,0 e 6,5%), no período de 1 a 42 dias de idade. Constatou-se efeito linear crescente (P<0,05) da adição de OL sobre o diâmetro e comprimento absolutos do fêmur e da tíbia, entretanto, apenas o peso absoluto do fêmur foi influenciado pela inclusão de óleo às rações. Os dados revelaram interação entre idade e níveis de OL (P<0,05) para o índice de Seedor, demonstrando que os efeitos positivos e negativos dos maiores níveis de OL observados para o fêmur e a tíbia, respectivamente, foram potencializados no final da fase de crescimento. Os parâmetros de crescimento e de qualidade do fêmur e da tíbia apresentaram comportamento cúbico (P<0,05) em função da idade. O peso das cinzas do fêmur foi positivamente influenciado (P<0,05) pela adição crescente de OL nas rações, em todas as idades avaliadas. Resultados semelhantes foram observados para a concentração de cinzas, no entanto, os melhores resultados foram evidenciados a partir dos 28 dias. A resistência óssea não foi influenciada pelos diferentes tratamentos (P>0,05), e apresentou comportamento cúbico (P<0,05) em função da idade, contudo, com o aumento do nível de OL nas rações observou-se melhoria linear (P<0,05) na densidade mineral óssea em todas as idades analisadas. No período de 1 a 42 dias de idade, constatou-se que o perfil lipídico das rações refletiu sobre o perfil de ácidos graxos dos ossos. A concentração de ácido araquidônico e dos ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 (EPA, DPA e DHA) nas células ósseas reduziu-se (P<0,05) ao longo da idade das aves, porém, esse efeito foi menos intenso com a adição crescente de óleo de linhaça nas rações. A concentração de PGE2 determinada no sobrenadante das células ósseas não foi influenciada pelos tratamentos estudados, aos 21 e 42 dias de idade. Conclui-se que rações que contém 6,5% de óleo de linhaça são benéficas para o crescimento e mineralização dos ossos longos de frangos de corte e que a adição de 4,0% de óleo de linhaça às rações mostrou-se efetiva em potencializar a incorporação dos ácidos graxos de cadeia longa ômega 3 nos ossos dos frangos, no período de 1 a 42 dias de idade.

Abstract: Two trials were conducted at the Experimental Farm of Maringá State University to evaluate performance, bone parameters, mineral composition, fatty acid profile and PGE2 concentration in tibia and femur of broiler chickens fed with oil sources riches in omega 3 and 6 fatty acids, during the period of 1 to 42 days of age. In the first trial a completely randomized design was used with five treatments, six replicates and 50 birds per experimental unit, where the birds received diets formulated with different oil sources: soybean (SO), sunflower (SNO), rapeseed (RO), linseed (LO) and poultry offal (PO) in starting phase (1 to 21 days). At growing phase (22 to 42 days) each treatment used in starting phase was divided into two treatments, so that a group of birds continued to receive the same oil source used in the previous phase and other group started to receive SO in the diet. Therefore, in this phase nine treatments, three replicates and 44 birds per experimental unit were used, also in a completely randomized design. In the period of 1 to 7 days of age it was observed a positive effect (P<0.05) of LO addition on weight gain and final weight of birds when compared with those that received SO. To 1 to 14 days, 1 to 21 days and growing phases no effects (P>0.05) were observed among different treatments on broilers performance. There was no difference among treatments (P>0.05) to bone parameters; however, these variables were affected (P<0.05) by age. In starting phase, ash concentration (g and %) was higher (P<0.05) to birds that received OL in diets, however, this effect was not observed (P>0.05) in growing phase. At starting phase the birds fed with LO showed highest linolenic (18:3n-3), eicosapentaenoic (20:5n-3), docosapentaenoic (22:5n-3) and docohexaenoic (22:6n-3) acids concentration in bone, while the highest levels of linoleic (18:2n-6) and arachidonic (20:4n-6) acids was obtained for OG, at 21 days. In growing period, birds that kept receiving similar treatments used in starting phase and those which started receiving SO in diets had a bone fatty acid profile similar to diets. However, the concentration of omega 3 fatty acids in tibia of birds fed with LO reduced xxii with birds. age, demonstrating that the lipid incorporation in tissue depends of its need, considering that in this phase the bone growth is slower. In starting phase, PGE2 concentration was reduced to treatment based on LO in comparison to SNO, RO and PO at 21 days. In growing phase there was not influence of treatments on this variable. It was concluded that the LO use in broilers diets can be benefical for performance and bone mineralization in starting phase. Besides that diet lipid composition is reflected in bones and oil sources rich in omega 3 fatty acids were capable to reduce PGE2 concentration in broiler chickens bone cells, reducing problems related to bone formation in broiler chickens. In the second trial a completely randomized design was used with five treatments, six replicates and 50 birds per experimental unit, and birds received diets formulated with different LO levels (2.0; 3.5; 5.0 and 6.5%) at initial and growing phase (1 to 21 days and 22 to 42 days of age, respectively). It was observed a linear effect (P<0.05) of the oil addition on absolute diameter and length of tibia and femur, however, just the femur absolute weight was influenced by diets oil inclusion. The data revealed interaction between age and LO levels (P<0.05) to Seedor index demonstrating that positive and negative effects of the highest LO levels observed for femur and tibia were enhanced at the end of growing phase. Growth and quality parameters of femur and tibia had a cubic behavior (P<0.05) in function of age. The ash weight of femur was positively influenced (P<0.05) by diets OL addition in all evaluated ages. Similar results were observed to ash concentration; however, the best results were evidenced after 28th day of age. The bone strength was not influenced (P>0.05) by different treatments, showing a cubic behavior in function of age, however, with the increase of diets LO level a linear improvement was observed in bone mineral density in all analyzed ages. At the period of 1 to 42 days of age, it was observed that diets fatty acid profile reflected on bones fatty acid profile. The arachidonic acid, EPA, DPA and DHA concentrations reduced (P>0.05) in bone cells with the advancing of birds age, however, that effect was less intense with diets linseed oil addition. The bone PGE2 concentration was not influenced by evaluated treatments, to 21 and 42 days of age. It was concluded that diets with 6.5% LO are benefical for growth and mineralization of long bones broilers chicken and that the addition of 4.0% of linseed oil to diets was effective to enhance incorporation of omega 3 chain long fatty acid in bone broiler chickens, to the period of 1 to 42 days.
Código: vtls000158449
Informações adicionais:
Idioma: Português
Data de Publicação: 2006
Local de Publicação: Maringá, PR
Orientador: Prof.ª Dr.ª Alice Eiko Murakami
Instituição: Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências Agrária
Nível: Tese (doutorado em Zootecnia)/
UEM: Programa de Pós-graduação em Zootecnia

Responsavel: zenaide
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: Elis Regina de M. Garcia.pdf
Tamanho: 1242 Kb (1271726 bytes)
Criado: 02-12-2014 15:52
Atualizado: 02-12-2014 16:15
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