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Título [PT]: A trajetória dos casos de transmissão vertical do HIV na região noroeste do Paraná : identificando os nós críticos da assistência
Autor(es): Maria Luciana Botti
Palavras-chave [PT]:

HIV. Transmissão vertical. Paraná (Estado). Região Noroeste. Avaliação da assistência. Evento Sentinela. Brasil.
Palavras-chave [EN]:
Vertical Transmission of the HIV. Assistance Evaluation. Brazil
Área de concentração: Enfermagem e o Processo do Cuidado
Titulação: Mestre em Enfermagem
Banca:
Maria José Scochi [Orientador] - UEM
Magda Lúcia Félix de Oliveira - UEM
Hillegonda Maria Dutilh Novaes - USP
Resumo:
Resumo: Do início da epidemia de aids até o ano de 2007 ocorreram mudanças epidemiológicas, científicas e sociais. O aumento do número de casos em mulheres resultou na Transmissão Vertical (TV) do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), de mães infectadas para seus filhos durante a gestação, o parto ou na amamentação. As ações programáticas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, para a prevenção e controle dessa forma de transmissão, quando realizadas pelos serviços de saúde podem fazer baixar para quase zero a ocorrência da infecção na criança. A partir de 145 casos de exposição à TV com 28 (19.3%) crianças infectadas registradas no Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de Maringá, referência de atendimento para 30 municípios da Região Noroeste do Paraná, se buscou analisar o perfil das mulheres soropositivas, identificar os municípios da Regional com as maiores taxas de TV, reconstruir a trajetória percorrida pelas mães de sete crianças infectadas para verificar possíveis falhas nas ações de prevenção e controle do Programa de DST/AIDS. Nos 28 casos de transmissão vertical foi observada baixa cobertura da testagem sorológica na gestação; início tardio ou inexistência da introdução da terapia anti-retroviral (TARV) para as mães; ausência de garantia para realização da cesárea eletiva; e prática do aleitamento materno. As características sócio-epidemiológicas para as ocorrências de exposição da TV demonstraram o seguinte perfil para as mulheres: faixa etária entre 20 a 29 anos (64.1%); com até quatro anos de estudo (49.0 %); sem vínculo empregatício e situação conjugal caracterizada pela presença do companheiro (59.3%); tiveram uma única gestação (70.3%), infecção por via sexual (90.3%), e atualmente estão em acompanhamento com TARV instituída (55.2%). Porém, as maiores taxas de TV ocorreram em mulheres jovens (64.1%), com 12 ou mais anos de estudo (40.0%); sem vínculo empregatício (25.3%). A análise das sete trajetórias dos casos em que ocorreram a TV demonstrou que: todas as mães tiveram acesso à assistência prénatal, cinco passou por mais que seis consultas, seis realizaram os exames de rotina. Porém, duas não fizeram o teste para o HIV, e cinco não foram aconselhadas anteriormente a testagem. A TARV foi introduzida após a 20ª semana de gestação em cinco casos, e somente uma das mães conseguiu fazer adesão aos medicamentos. O kit contendo o inibidor de lactação, a fórmula láctea, e a Ziduvidina (AZT) para infusão endovenosa e solução xarope para o recém nascido, foi entregue para quatro mães, que também não amamentaram. Apenas duas tiveram o parto mais adequado à sua condição viral, e infusão adequada do AZT. O estudo permitiu concluir que as medidas de prevenção e controle, quando instituídas, reduzem significativamente a possibilidade de TV, e por isso, protegem as crianças do HIV e conseqüentemente da aids. Entretanto, as medidas de prevenção conhecidas e pactuadas nas portarias e rotinas, na população estudada não foram cumpridas na íntegra. Estratégias que promovam a aderência dos profissionais dos serviços devem ser implantadas como fundamentais, para que menos crianças sejam infectadas pelo HIV e ainda, sugere-se que avaliações sejam realizadas nos próprios serviços com os atores envolvidos na assistência, para que soluções locais sejam criadas e compromissos éticos profissionais assumidos.

Abstract: Epidemiological, scientific and social changes occurred since the beginning of AIDS epidemic until 2007. The growing number of AIDS in women resulted in vertical transmission (TV) and human immunodeficiency virus where infected mothers transmit the illness to their babies during the pregnancy, childbirth or breastfeeding. The programmatic actions established by the Ministério da Saúde done by the health service in order to prevent these illnesses can reduce the number of infected children occurrence or it can have almost nonexistent chance of occurrence. From the 145 HIV cases that presented TV, where 28 (19,3%) infected children are registered by the Attendance Specialized Service (SAE) from Maringá, used as reference for 30 municipality located in the northeast Paraná region. We tried to analyze the infected women profile, identify the municipality with the highest rates in TV and also check possible mistakes made by the Program de DST/AIDS during the prevention and control of seven infected children. Among these 28 cases of vertical transmission it was observed a low HIV testing coverage during the pregnancy, a late onset or a nonexistence of the TARV introduction in infected mothers, no elective cesareans guarantee and mothers breast feeding compliance. The socioepidemiological characteristics that present TV occurrence showed these profiles: women between 29 and 30 (64,1%), 4 years of study (49,0%), women with no employment connection and a marriage characterized by the presence of the husband (59,3%), only one pregnancy (70,3%), sexual rote contamination (90,3%), and a follow-p with TARV (55,2%). However, the highest rate of TV occurred in young women (64, 1%), women with 12 or more years of study (40,0%) and women with no employment connection (25,3%). Among the TV cases, we can say that there are more mistakes than correct things, all women had prenatal care, 5 women had more than six appointments and six women got the routine exams. However, two women didn't take the HIV test and five of them were not advised to do so. The TARV was introduced after the twentieth week of pregnancy in five women and only one woman took all the medicine. Packages with necessary things were handed to women and they didn't breastfeed. Only two women had appropriate birth according to their illness and AZT infusion. The study permitted us to conclude that the control and prevention measures reduce the TV (HIV) and protect children from this disease. However, the measures preventions were not totally taken. Strategies that promote professional adherence must be conducted as fundamental and evaluations with the professional that work with the infected people assistance should be taken in order to have less infected children, solutions to solve these problems and an ethical agreement practice.

Resumen: Del inicio de la epidemia de SIDA hasta el año de 2007 ocurrieron mudanzas epidemiológicas, científicas y sociales. El aumento del número de casos en mujeres resultó en la Transmisión Vertical (TV) del virus de la Inmunodeficiencia Humana, de madres infectadas para sus hijos durante la gestación, en el parto o en la amamantación. Las acciones programáticas establecidas por el Ministerio de la salud, para la prevención y control de esta forma de transmisión, cuando realizadas por los servicios de salud pueden bajar para casi cero la ocurrencia de la infección en el niño. A partir de 145 casos de exposición a la TV del VIH con 28 (19.3%) niños contaminados registrados en el Servicio de Atendimiento Especializado (SAE) de Maringá, referencia de atendimiento para 30 municipios de la región Noroeste del estado de Paraná, se ha buscado analizar el perfil de las mujeres portadoras, identificar los municipios de la regional con las mayores tasas de TV, reconstruir la trayectoria hecha por las madres de siete niños infectados para verificar posibles fallas en la acciones de prevención y control del Programa de DST/SIDA. En los 28 casos de transmisión vertical ha sido observada baja cobertura del testaje serológico en la gestación; inicio tardío o inexistencia de la introducción de la TARV para madres positivas; ausencia de garantía para la realización de cesárea electiva; y adhesión de las madres al amamantamiento materno. Las características socioepidemiológicas para las ocurrencias de exposición de la TV del VIH demostraron el siguiente perfil para las mujeres: faja etaria entre 20 a 29 años (64.1%) con hasta cuatro años de estudio (49.0%); sin vínculo laboral y situación conyugal caracterizada por la presencia del compañero (59.3%); tuvieron una única gestación (70.3%), contaminación por vía sexual (90.3%), y actualmente están em acompañamiento con TARV instituida (55.2%). Pero las mayores tasas de TV ocurrieron en mujeres jóvenes (64.1%), con 12 o más años de estudio (40.0%); sin vínculo laboral (25.3%). El análisis de las siete trayectorias de los casos donde ocurrió la TV del VIH, ha demostrado que las fallas ocurrieron en número mayor que los aciertos: todas las madres tuvieron acceso a la asistencia prenatal, cinco pasaron por más que 6 consultas, seis realizaron los exámenes de rutina. Pero, dos no hicieron el teste para el VIH, y cinco no fueron aconsejadas anteriormente al testaje. La TARV fue introducida después de la 20.ª semana de gestación en cinco casos, y 13 solamente una de las madres consiguió adherir a los fármacos. El kit fue dado para cuatro madres que también no amamantaron. Sólo dos tuvieron el parto más adecuado a su condición viral, e infusión adecuada del AZT. El estudio permitió concluir que las medidas de prevención y control, cuando instituidas, reducen significativamente la posibilidad de TV del VIH, y por eso, protegen a los niños de se tornaren portadores de VIH/SIDA. Todavía, las medidas de prevención conocidas y pactadas en las portarías y rutinas, en la población estudiada no fueron cumplidas en la íntegra. Estrategias que promuevan la adherencia de los profesionales de los servicios suelen ser implantadas como fundamentales, para que menos niños sean infectados por el VIH y aún, se sugiere que evaluaciones sean realizadas en los propios servicios con los actores envueltos en la asistencia, para que soluciones locales sean creadas y compromisos ético-profesionales asumidos.
Data da defesa: 29/02/2008
Código: vtls000166155
Informações adicionais:
Idioma: Português
Data de Publicação: 2008
Local de Publicação: Maringá
Orientador: Profª. Drª. Maria José Scochi
Instituição: Universidade Estadual de Maringá . Departamento de Enfermagem
Nível: Dissertação (mestrado em Enfermagem)/
UEM: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

Responsavel: beth
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: Maria Luciana Botti - 19.02.2008.pdf
Tamanho: 1194 Kb (1222691 bytes)
Criado: 06-11-2008 12:12
Atualizado: 06-11-2008 12:32
Visitas: 2480
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