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Consultar: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia

Título [PT]: Enterolactona e ácidos graxos poli-insaturados no leite de vacas alimentadas com casca e óleo de linhaça
Autor(es): Ricardo Kazama
Palavras-chave [PT]:

Vaca. Linhaça. Alimentação. Lignana. Produção de leite. Fermentação ruminal. Fermentação intestinal. Metabolismo de lignanas. Produção do leite. Ácidos graxos poli-insaturados. Ômega-3. Brasil.

Cow. Flaxseed. Power. Lignan. Milk production. Ruminal fermentation. Intestinal fermentation. Lignans metabolism. Milk production. Polyunsaturated fatty acids. Omega-3. Brazil.

Lúcia Maria Zeoula [Orientador] - UEM Wilson Roberto Soares Mattos - ESALQ Geraldo Tadeu dos Santos - UEM Claudete Regina Alcalde - UEM Ronaldo Lopes Oliveira - UFBA

Resumo: Três estudos foram conduzidos para avaliar a transferência de lignanas (enterolactona; EL) e ácidos graxos poli-insaturados (PUFA) da dieta para o leite de vacas alimentadas com casca e/ou óleo de linhaça. Além disso, objetivou também determinar o papel do rúmen no metabolismo das lignanas. Em não ruminantes, as lignanas são metabolizadas pela microbiota intestinal porém não há informação do metabolismo de lignanas em ruminantes. O primeiro estudo avaliou o papel da microbiota rurninal e os efeitos do óleo de linhaça no metabolismo ?in vivoS? das lignanas da casca de linhaça e a concentração de EL nos fluidos biológicos. Utilizou-se quatro vacas da raça Holandesa canuladas no rúmen. com peso corporal médio de 575 kg e 92 dias de lactação. distribuídas em delineamento experimental em quadrado latino (4 x 4) com 4 períodos de 21 dias cada. Os tratamentos foram: 1) óleo de linhaça e casca de linhaça administrados no rúmen (RUM/RUM); 2) óleo de linhaça e casca de linhaça infundidos no abomaso (ABO/ABO); 3) óleo de linhaça administrado no rúmen e casca de linhaça infundida no abomaso (RUM/ABO); e 4) óleo de linhaça infundido no abomaso e casca de linhaça administrada no rúmen (ABO/RUM). O local dc administração do óleo de linhaça e da casca de linhaça não interferiu na concentração ruminal de EL. Concentrações de EL na urina, plasma e no leite foram mais elevados em vacas que receberam casca de linhaça no rúmen que àquelas que receberam casca da linhaça no abomaso. Sendo assim, observa-se neste estudo que a microbiota ruminal desempenha importante papel no metabolismo de lignanas da linhaça. O segundo estudo objetivou avaliar os efeitos do local de administração (rúmen e/ou abomaso) da casca e/ou do óleo de linhaça sobre a ingestão, digestibilidade total, produção e composição do leite. bem como a composição em ácidos graxos do leite de vacas. Os tratamentos foram: 1) óleo de linhaça e casca de linhaça administrados no rúmen (RUM/RUM); 2) óleo de linhaça e casca de linhaça infundidos no abomaso (ABO/ABO); 3?) óleo de linhaça administrado no rúmen e casca de linhaça infundida no abomaso (RUM/ABO): 4) e: de linhaça infundido no abomaso e casca de linhaça administrada no rúmen (ABO/RUM). A IMS foi diferente entre os tratamentos. A digestibilidade total da MS foi menor para os tratamentos RUM/RUM e RUM/ABO e. a digestibilidade total da FDN e FDA foram menores no tratamento RUM/RUM. A produção de leite corrigida para 4% de gordura diminuiu quando os produtos da linhaça foram adicionados ao rúmen. porém. a composição do leite foi similar entre os tratamentos. A concentração de ácidos graxos de cadeia curta (SCFA) no tratamento RUM/RUM reduziu 26% em relação aos demais tratamentos. O tratamento RUM/RUM apresentou a maior concentração em ácidos graxos octadecenoico. Concentração de cis9,trans11-CLA na gordura do leite foi maior quando houve administração de óleo de linhaça no rúmen que no abomaso. O tratamento RUM/RUM aumentou a razão n-6:n-3 na gordura do leite quando comparado com os demais tratamentos, a razão apresentou-se abaixo de 4:1. na qual é considerada ideal para beneficiar a saúde humana. O terceiro estudo objetivou avaliar a concentração de EL e PUFA no leite de vacas e avaliar o efeito da presença do óleo de linhaça no intestino delgado sobre o metabolismo de lignanas. Foram utilizadas seis vacas multíparas da raça Holandesa. com peso corporal médio de 650 kg e 95 dias de lactação. distribuídas em quadrado latino (6 x 6) em esquema fatorial 2 x 3. Os seis tratamentos consistiram de duas diferentes dietas (CON vs FHU) e três níveis de óleo de linhaça infundidos no abomaso (0. 250 e 500 g/d). com seis períodos de 21 dias. A ração FHU e crescente quantidade de óleo de linhaça infundido no abomaso diminuíram aIMS pelas vacas. A ração FHU aumentou a digestibilidade aparente da MS, PB e ËE. provavelmente pela substituição parcial do grão de milho quebrado e do farelo de sojaa pela casca de linhaça. A ração FHU diminuiu a produção de leite, e. consequentemente a de proteína. gordura. sólidos totais e lactose do leite (kg/d). Vacas alimentadas com casca de linhaça na dieta apresentaram menor concentração de SCFA. MCFA. SFA e n6. e maior concentração de LCFA. MUFA. PUFA e n-3 na gordura do leite. reduzindo desta forma. a razão n-6:n-3 na gordura do leite das vacas. Concentração de EL no plasma. leite e urina foram maiores em vacas alimentadas com a ração FHU. Óleo de linhaça infundido no abomaso não mostrou efeito na concentração de EL no leite de vacas. Abstract: Three studies were conducted to evaluate the transfer of lignans (enterolactonag EL) and polyunsaturated fatty acids (PUFA) from the diet into milk of lactating dairy cows fed with flax oil and/or hulls. Moreover, another objective was to determine the role of rumen on lignan metabolism. In non-ruminants, lignans are metabolized by intestinal microbiota but there was no infonnation on the metabolism of lignans in ruminants. The first study evaluated the role of ruminal microbiota and the effects of flax oil on in vivo metabolism of flax hull lignans and EL concentrations in biological fluids. Four ruminal cannulated Holstein cows with 575 kg of BW and 92 DIM were used in a 4 >< 4 Latin square design with four 21-d periods. Treatments were: l) flax oil and flax hulls administered in the rumen (RUM/RUM); 2) flax oil and flax hulls infused in the abomasum (ABO/ABO); 3) flax oil administered in the rumen and flax hulls infused in the abomasum (RUM/ABO); and 4) flax oil infused in the abomasum and flax hulls administered in the rumen (ABO/RUM). The site of administration of flax oil and flax hulls did not affect ruminal concentrations of EL. Concentrations of EL in urine, plasma and milk were higher in cows that received flax hulls in the rumen compared to those that received flax hulls in the abomasum. Therefore, this study showed that ruminal microbiota plays an important role in flax lignan metabolism. The second study was conducted to evaluate the site of administration (rumen and/or abomasum) of flax hulls and/or oil on ingestion, total digestibility, milk yield and composition, and milk fatty acid profile of dairy cows. Treatments were: l) flax oil and flax hulls administered in the rumen (RUM/RUM); 2) flax oil and flax hulls infused in the abomasum (ABO/ABO); 3) flax oil administered in the rumen and flax hulls infused in the abomasum (RUM/ABO); and 4) flax oil infused in the abomasum and flax hulls administered in the rumen (ABO/RUM). Intake of DM was different among treatments. Total digestibility of DM was lower for RUM/RUM and RUM/AB() treatments, and NDF and ADF digestibilities were lower on the RUM/RUM treatment. Yield of 4% FCM decreased when flax products were administered in the rumen but milk composition was similar among treatments. Concentration of SCFA in milk fat on RUM/RUM treatment was reduced by 26 % when compared to other treatments. The RUM/RUM treatment resulted in the highest concentration of octadecenoic acid in milk fat. Proportion of cis9,transl l-CLA in milk fat was higher with ruminal than abomasal administration of flax oil. Although RUM/RUM treatment increased the n-6:n-3 FA ratio in milk fat compared to other treatments, ratios were lower than 4: 1, which is ideal for human health. The third study was perfomied to evaluate the effects of feeding flax hulls and increased amount of flax oil infused in the abomasum on EL and PUFA concentration in milk of cows and to evaluate the effect of the presence of flax oil in the small intestine on lignan metabolism. Six multiparous Holstein cows averaging 650 kg of BW and 95 DIM were used in a 6 X 6 Latin square design with a 2 X 3 factorial arrangement of treatments. The six treatments were two different diets (CON vs FHU) and three levels of flax oil infused in the abomasum (0, 250 and 500 g/d), with six 21-d experimental periods. Feeding the FHU ration and with the highest amount of flax oil infused in the abomasum decreased DMI of cows. Feeding the FHU ration increased apparent digestibility of DM, CP and EE, probably as a result of partial replacement of cracked com grain and soybean meal by flax hulls. Feeding the FHU ration decreased milk yield, and, subsequently yields of protein, fat, total solids and lactose (kg/d). Cows fed FHU ration had lower concentrations of SCFA, MCFA, SFA and n-6, and higher concentrations of LCFA, MUFA, PUFA and n-3 in milk fat, which resulted in a lower, n-6:n-3 FA ratio in milk fat of cows. Concentrations of EL in plasma, milk and urine were higher for cows fed the FHU ration. Amount of flax oil infused in the abomasum had no effect on EL concentration in milk of cows.

Idioma: Português Data de Publicação: 2009 Local de Publicação: Maringá, PR Orientador: Prof.ª Dr.ª Lúcia Maria Zeoula Co-Orientador: Prof.ª Dr.ª Hélène V. Petit Instituição: Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências Agrárias Nível: Tese (doutorado em Zootcnia)/ UEM: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia

Responsavel: zenaide
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: Ricardo Kazama.pdf
Tamanho: 668 Kb (684429 bytes)
Criado: 10-12-2014 11:40
Atualizado: 10-12-2014 11:58
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