Resumo: O objetivo desta pesquisa é verificar a existência de retornos crescentes de escala advindos da escolaridade em nível de Brasil e Estados, entre os anos de 2003 e 2007. Esta aplicação é estendida para captar diferencial do sexo masculino e feminino. O modelo teórico e empírico proposto soluciona dois problemas presentes na literatura. O primeiro da não linearidade dos coeficientes Mincerianos e o segundo da presença de viés de seleção. O uso do modelo e de técnicas que permitem testar a presença ou não de retornos de escala em nível marginal contribuiu para obter resultados robustos quanto à presença de retornos crescentes de escala. Em nível de Brasil, os retornos crescentes ocorrem, em média, a partir de 4,0 anos de escolaridade no geral, reduzindo esse valor quando considerados os sexos em separado. Em grande parte dos Estados da região Norte e Nordeste, o sexo feminino ainda não atingiu em média a barreira a partir da qual se obtêm retornos crescentes de escala. Mas estas são características também presentes, quase na totalidade, dos Estados das regiões Centro Oeste. O Estado de São Paulo e Paraná apresentaram melhor taxa de retorno para o sexo masculino. Quanto ao sexo feminino, os melhores resultados foram no Estado de São Paulo e Rio Grande do Sul. Como resultado geral, a partir das estimativas deste trabalho, podem ser construídas funções de capital humano dos Estados de forma individual para testes de políticas econômicas.
Abstract: The objective of this research is to investigate the existence of increasing returns to formal education in Brazilian states and, by extension, Brazil, between the years 2003 and 2007. We also explore by gender. The theoretical and empirical model used allows us to tackle two problems present in the literature. The first is the non-linearity of Mincerian coefficients. The second is the potential sampling selection bias. The use of this model and technique lead us to obtain robust results for the presence of increasing returns to education at marginal level for Brazil and its states. For instance, at the aggregate level, the increasing returns starts at 4.0 years of formal education and, considering each gender separately, this return reducing this value. In most states of the North and Northeast, the female has yet to cross the threshold barrier of increasing returns. But these features are also present, nearly all the regions of the Center-East. The State of São Paulo and Paraná had a better rate of return for males. As for females, the best results were in the State of Sao Paulo and Rio Grande do Sul. As a general result, the estimates allow for future construction of human capital functions for each state to test economic policies. |