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Consultar: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia

Título [PT]: Hidróxido de cálcio como aditivo para cana-de-açúcar in natura para alimentação de bovinos
Autor(es): Alexandre Menezes Dias
Palavras-chave [PT]:

Bovino. Hidróxido de cálcio. Cana-de-açúcar. Alimentação animal. Alimentação e rações. Brasil.

Bovino. Calcium hydroxide. Sugar cane. Animal feed. Food and feed. Brazil.

Júlio César Damasceno [Orientador] - UEM Geraldo Tadeu dos Santos - UFSCar Ulysses Cecato - UEM Marco Aurélio Alves de Freitas Barbosa - UEL Luis Carlos Vinhas Ítavo - UFMS

Resumo: Conduziram-se experimentos na Universidade Católica Dom Bosco ? UCDB, em Campo Grande-MS, objetivando-se estudar o efeito do hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) em pó misturado a cana-de-açúcar. Para o estudo termo analítico foram avaliados quatro doses de hidróxido de cálcio (0, 10, 20 e 30 g por kg de cana-de-açúcar) e sua combinação com uréia. À medida que se elevou o nível de hidróxido de cálcio observou-se um aumento de energia liberada, sendo de 4,35; 4,84; 5,59 e 5,67 kJ/g para as doses 0, 10, 20 e 30 g/kg, respectivamente. No tratamento hidróxido de cálcio+uréia houve efeito da combinação dos aditivos na energia liberada, apresentando valores de 4,35; 5,00; 5,57 e 5,68 kJ/g para as doses 0, 10, 20 e 30 g/kg, respectivamente. Há uma relação direta entre o hidróxido de cálcio na cana-de-açúcar e o processo de termo decomposição, bem como aumento na energia liberada. Para determinação da estabilidade aeróbia, através da medida do pH, avaliou-se as doses 0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30 g de hidróxido de cálcio por kg de cana-de-açúcar e cinco tempos após mistura, sendo 0, 24, 48, 72 e 96 horas após a colheita da cana-de-açúcar. Para avaliação da degradabilidade in situ da matéria seca (MS) foram avaliados a adição de 10 g/kg ou não de hidróxido de cálcio na cana-de-açúcar nos tempos 0, 24, 48 e 72 horas após colheita e mistura. A cana-de-açúcar sem hidróxido de cálcio (0g/kg) apresentou maior fração solúvel (fração a). O hidróxido de cálcio teve efeito positivo na fração potencial degradável (fração b) e na taxa de degradação (fração c). Para determinação da composição química e da digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), da fibra em detergente neutro (DIVFDN) e da fibra em detergente ácido (DIVFDA) da cana-de-açúcar com hidróxido de cálcio, avaliaram- se as doses 0, 8, 16 e 24 g/kg de cana-de-açúcar. O hidróxido de cálcio promoveu redução nos teores de FDN, FDA (37,78; 32,27; 29,34 e 29,01%) e carboidratos não fibrosos (CNF). Houve acréscimos nos teores de hemicelulose sendo de 11,14; 15,39; 16,85 e 17,66% para as doses 0, 8, 16 e 24g/kg, respectivamente. Houve efeito quadrático para a DIVMS, DIVFDN e DIVFDA da cana-de-açúcar in natura. Para as variáveis de consumo e digestibilidade aparente dos nutrientes, do comportamento ingestivo e dos parâmetros ruminais, utilizam-se quatro vacas, com peso vivo (PV) médio de 412,06 kg ± 37,3 kg, distribuídas em quadrado latino 4x4, por quatro períodos de 21 dias. As doses de hidróxido de cálcio avaliadas foram 0, 8, 16 e 24 g/kg de cana-de-açúcar. Para os parâmetros ruminais realizaram-se colheitas de líquido ruminal, para determinação do pH e N-NH3 antes (tempo zero) e 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 horas após o fornecimento da dieta e para a determinação da concentração de AGV nos tempos 0, 3, 6, 9 e 12 horas. Houve efeito quadrático para os consumos de nutrientes, sendo que o consumo de FDA apresentou efeito linear. Os coeficientes de digestibilidade apresentaram efeito quadrático. Para as atividades ruminação e ócio totais, não houve efeito do hidróxido de cálcio. O tempo de mastigação total, número de bolos ruminados e o tempo para ruminação de cada bolo apresentaram efeito significativo. Houve efeito do hidróxido de cálcio no pH e na concentração de N-NH3 do líquido ruminal. Houve efeito das doses testadas para as concentrações de AGV. O hidróxido de cálcio misturado em pó (a seco) a cana-de-açúcar apresenta efeito na fração fibrosa da cana-de-açúcar melhorando seu aproveitamento, favorecendo aumento no consumo e na digestibilidade da fração fibrosa da parede celular e elevando o pH do rúmen. Abstract: The experiments were carried out in the Dom Bosco Catholic University - UCDB, in Campo Grande, MS, aimed to study the effect of the hydroxide of calcium (Ca(OH)2) in powder mixed with sugar cane. For thermoanalithic study were evaluad four levels, containing 0, 10, 20 and 30 g of hydroxide of calcium per kg of sugar cane. As the level of calcium hydroxide increased it was observed an increase of liberated energy, being of 4.35; 4.84; 5.59 and 5.67 KJ/g for the levels 0, 10, 20 and 30 g/kg, respectively. In the treatment calcium hydroxide + urea there was an increase in the liberated energy, presenting values of 4.35, 5.00, 5.57 and 5.68 KJ/g for the levels 0, 10, 20 and 30 g/kg, respectively. There is a direct relationship between the level of hydroxide in the sugar cane and the thermo decomposition process, as well as an increase in the liberated energy. For determination of the aerobic stability through pH measure it was evaluated the hydrated lime, the urea and its combinations as addictive. (0, 5, 10, 15, 20, 25 and 30 g/kg of natural matter of sugar cane for each addictive tested) and five times of storage (0, 24, 48, 72 and 96 hours after the harvest and application of the addictive). For the DM in situ degradability there were evaluated the addition of 10 g/kg or not of calcium hydroxide in the sugar cane in the times 0, 24, 48 and 72 hours after mixture. The sugar cane without hydroxide presented a higher soluble fraction (fraction a). The hydrated lime had positive effect in the degradable potential fraction (fraction b) and in the degradation rate (fraction c). It was determined the chemical composition and the digestibility in vitro of the dry matter (IVDMD), of the neutral detergent fiber (IVNDFD) and of the acid detergent fiber (IVADFD) of the sugar cane with levels of hydroxide. The treatments considered the inclusion of calcium hydroxide in the levels of 0, 8, 16 and 24 g/kg of sugar cane. The amounts of DM and ashes had linear increases while the OM decreased linearly when it increases the level of calcium hydrated. The level of calcium hydroxide promoted reduction in the amounts of NDF, ADF (37.78; 32.27; 29.34 and 29.01%) and NFC. The inclusion of lime showed increases in the amounts of hemicellulose being of 11.14; 15.39; 16.85 and 17.66% and 16.48 for the levels of 0, 8, 16 and 24g/kg, respectively. There was a quadratic effect for IVDMD, IVNDFD and IVADFD of the sugar cane. For evaluation of the nutrients intake, nutrients apparent digestibility, ruminating parameters and the ingestible behavior was used four cows body weight (BW) medium of 412.04 kg ± 37.3 kg, distributed in a latin square 4x4, with four periods of 21 days, being 14 for adaptation and seven for data collection. The treatments used the inclusion of calcium hydroxide in the levels of 0, 8, 16 and 24 g/kg of sugar cane in the supplied natural matter. For the ruminating parameters were used crops of liquid ruminal, for determination of the pH and N-NH3 before (time zero) and 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 and 12 hours after the supply of the diet and to determine the concentration of VFA at 0, 3, 6, 9 and 12 hours. There was a quadratic effect for the intake of nutrients, and the intake of ADF presented linear effect. The digestibility coefficients presented quadratic effect for the levels of calcium hydroxide inclusion. For rumination and total leisure activities, there was no effect of the level. The total time of chewing, number of bolus ruminal and time for rumination of each bolus had a significant effect. There was no effect of calcium hydroxide level on pH and N-NH3of liquid ruminal. There was effect of levels tested for the concentration of VFA. The calcium hydroxide powder mixed to sugar cane, has the effect of fiber fraction of sugar cane improving their use by encouraging increase in the consumption and digestibility of fibrous fraction of the cell wall.

Idioma: Português Data de Publicação: 2009 Local de Publicação: Maringá, PR Orientador: Prof. Dr. Júlio César Damasceno Co-Orientador: Prof. Dr. Luís Carlos Vinhas Ítavo Instituição: Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências Agrárias Nível: Tese (doutorado em Zootecnia)/ UEM: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia

Responsavel: zenaide
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: Alexandre M. Dias.pdf
Tamanho: 708 Kb (725074 bytes)
Criado: 30-01-2015 07:40
Atualizado: 30-01-2015 07:51
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