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Título [PT]: A Relação do portador de transtorno mental com a comunidade na percepção da família
Autor(es): Ana Lúcia de Grandi
Palavras-chave [PT]:
Enfermagem psiquiátrica. Relações familiares. Reinserção social. Preconceito. Portadores de transtorno mental. Família. Atenção básica. Cuidadores. Saúde mental. Acompanhamento domiciliar. Reabilitação psicossocial. Doentes mentais. Relações com a comunidade. Brasil. |
Palavras-chave [EN]:
Psychiatric nursing. Family. Social. Reinsertion. Prejudice. Brazil. |
Área de concentração: O cuidado nos diferentes ciclos da vida
Titulação: Mestre em Enfermagem
Banca:
Maria Angélica Pagliarini Waidman [Orientador] - UEM
Catarina Aparecida Sales - UEM
Mariluci Alves Maftum - UFPR |
Resumo:
Resumo: Estudo que objetivou apreender a percepção da família sobre a relação do portador de transtorno mental com a comunidade. Pesquisa qualitativa, que utilizou como método a história oral. Os colaboradores da pesquisa foram doze famílias de portadores de transtornos mentais que tiveram passagem pelo serviço de emergência psiquiátrica no Hospital Municipal de Maringá - PR, no ano de 2008. A seleção das famílias foi feita através do banco de dados do Hospital Municipal, onde se tem o cadastro de todos os pacientes que passaram pelo serviço. Todos os dados foram coletados diretamente nos domicílios das famílias, nos meses de março a maio de 2010, utilizando a entrevista aberta com uma única questão norteadora: Fale com detalhes como ele é aceito pela comunidade, vizinhos, família e escola. As entrevistas foram gravadas e transcritas para maior fidedignidade dos dados; para orientar a análise utilizamos os procedimentos de análise em história oral. O estudo levou em consideração os preceitos éticos que envolvem pesquisas com seres humanos e o projeto foi aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Maringá, com o parecer 509/2009. As situações cotidianas vividas por essas famílias e seus portadores de transtornos mentais, retratam suas histórias que foram divididas com a comunidade, como por exemplo, com os vizinhos, escola, igreja, pois em alguns casos essas pessoas residem há muito tempo no mesmo local. Assim, as alterações de comportamento, o sofrimento, as internações, possíveis brigas e desentendimentos foram presenciados desde o início do desenvolvimento do transtorno mental por essas pessoas. Verifica-se que mesmo acompanhando desde o começo todas essas transformações o preconceito impera nessas relações. O medo, a vergonha do que não sabem explicar, o preconceito e as conclusões tiradas baseadas em conceitos antigos de cronicidade e de ser imutável e agressivo, fazem com que os vizinhos se afastem dessas famílias, privando-as do contato social e tirando o direito de cidadão do portador de transtorno mental. As famílias relataram que o portador de transtorno mental apresenta sentimentos de incapacidade, de invalidez, de inutilidade perante a comunidade que vive. Ele não consegue participar das atividades cotidianas devido ao estigma impregnado nas pessoas tornando-se assim, um ser isolado da rotina de vida comunitária. O sofrimento prevalece principalmente se levarmos em conta os comportamentos pejorativos e excludentes da comunidade e em alguns casos, também da família, que vive na incerteza do amanhã. É necessário que os profissionais, principalmente enfermeiros, auxiliem na construção dessa rede social na comunidade em que o mesmo reside, promovendo a reinserção social tanto do portador quanto de sua família. Quando se consegue difundir informações sobre as manifestações da doença mental e mudar hábitos, acredita-se que é possível um futuro em que os portadores estarão reinseridos na sociedade, participando de uma vida saudável e exercendo seu papel de cidadão. No momento atual que vivemos de desinstitucionalização e reforma psiquiátrica, o enfermeiro precisa se esforçar para auxiliar o portador de transtorno mental e sua família no processo de reinserção social.
Abstract: The study aimed to learn the family perceptions about the relation of the mentally ills with the community. The research was qualitative and utilized oral records as its method. The collaborators of the research were twelve families whose siblings had been to the service of psychiatric emergency in the Municipal Hospital of Maringá - PR, in the year of 2008. The families were selected from the Hospital database containing all the patients who had been treated. The data was collected in the residences of the families, from March to May of 2010, utilizing open interview with only one question: "Report with details the way the patient is accepted by the community, neighborhood, family and school". The interviews were taped and transcribed aiming the reliability of the facts; oral history analysis was utilized to guide the research procedures. The study considered the ethical precepts involving researches with human beings and the project was approved by the Permanent Committee of Ethics in Research Involving Human Beings of the State University of Maringá, opinion 509/2009. The routine situations lived by the families and the mentally ill show that their stories were shared with the community, such as neighbors, school and church, since in some cases they had been living in the same place for a long time. Likewise, the alterations of behavior, the suffering, the hospitalizations and possible misunderstandings involving the patient were witnessed by those people since the beginning of the development of the mental perturbation. It is possible to say that even those who followed all the transformations due to the disease have prejudice. They seem to have fear and be ashamed of something they can't explain what; these feelings, along with the prejudice and conclusions based in old concepts of chronicity, immutability and aggressiveness turn the neighbors way from these families, depriving them of social contact and taking away the right of citizenship of the mentally ill. The families related that the bearers of mental perturbation feel incapable, disable and useless before the community in which they live. They can't participate of the routine activities due to the stigma impregnated in the people; they becomes, therefore, isolated of the communal life. The suffering prevails especially regarding depreciative and isolating behaviors of the community and in some cases even of the family, because of the uncertain of the future. It is needed that professionals, especially nurses, help in the construction of a social network in the community in which those patients live, promoting the social reinsertion of both bearers and their families. When it is possible to inform and teach about the manifestations of the mental illnesses and to change habits, it is also possible to forecast the bearers living healthy and being citizens, integrated in the social life. Meanwhile, the moment is of deinstitutionalization and psychiatric reform; so nurses must strive to help the mentally ills and their families during the process of social reinsertion.
Resumen: El estudio tuvo como objetivo comprender la percepción de la familia con respecto a la relación de los enfermos mentales con la comunidad. La pesquisa es cualitativa con método de investigación de historia oral. Los colaboradores de la investigación fueron doce famílias de enfermos mentales que buscaban servicios de urgencias psiquiátricas en el Hospital Municipal de Maringá - Paraná en 2008. La selección de las familias se realizó a través de la base de datos del Hospital Municipal, donde hay un registro de todos los pacientes que necesitaron el servicio. Todos los datos fueron recogidos directamente en las casas de las familias, en los meses de marzo a mayo de 2010, por medio de una entrevista, con una sola cuestión: Habla detalladamente cómo el enfermo es acepto por la comunidad, vencidad, familia y escuela. Las entrevistas fueron grabadas y transcritas para conferir fiabilidad a los datos. El estudio llevó en cuenta los principios éticos que deben estar involucrados en una investigación con humanos. El proyecto fue aprobado por el Comité Permanente de Ética de Investigaciones con Seres Humanos de la Universidade Estadual de Maringá - PR, con el dictamen 509/2009. Las situaciones rutinarias que enfrentan las familias y los enfermos mentales reflejan sus historias que se compartieron con la comunidad, por ejemplo, vecinos, escuela, iglesia, ya que en algunos casos estas personas viven mucho tiempo en un mismo lugar. Por lo tanto, los cambios de comportamiento, el dolor, la hospitalización, las peleas y desacuerdos han sido asistidos desde que se empezó a desarrollar los trastornos mentales. Se verificó que aunque se acompañe del principio estos cambios, hay prejucio en estas relacciones. El miedo, la vergüenza por lo que no se sabe explicar, los prejuicios y las conclusiones basadas en viejos conceptos de cronicidad de que no se cambia la agresividad, por ejemplo, hacen que los vecinos se aparten de estas familias y la priven de contacto social, además de herir los derechos humanos de los enfermos. Las familias informaron que los enfermos mentales tienen sentimientos de incapacidad, discapacidad e inutilidad frente la comunidad. El enfermo no puede participar de las actividades diarias debido al estigma arraigado en el pueblo, lo que resulta en un aislamento de la sociedadad. El sufrimiento prevalece, sobre todo, si llevamos en cuenta el comportamiento despectivo y excluyente de la comunidad y, en algunos casos, de la familia que vive en la incertidumbre del mañana. Es necesario que los profesionales, especialmente los enfermeros, ayuden en la construcción de esta red social en la comunidad que el enfermo vive, resultando en una integración del enfermo y de su familia. Cuando se difunde la información sobre las manifestaciones de la enfermedad mental y se cambian las costumbres, se cree que es posible un futuro en donde los enfermos mentales podrán ser reintegrados en la sociedad y participar de una vida sana, ejercendo su papel como ciudadanos. En el momento que vivimos una desinstitucionalización y reforma psiquiátrica, los enfermeros deben esforzarse por ayudar a los enfermos mentales y a sus familias en el proceso de reinserción social. |
Data da defesa: 2010
Código: vtls000184737
Informações adicionais:
Idioma: Português
Data de Publicação: 2010
Local de Publicação: Maringá, PR
Orientador: Prof.ª Dr.ª Maria Angélica Pagliarini Waidman
Instituição: Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Enfermagem
Nível: Dissertação (mestrado em Enfermagem)/
UEM: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Responsavel: beth
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: ana_grandi.pdf
Tamanho: 474 Kb (485659 bytes)
Criado: 20-05-2011 10:16
Atualizado: 20-05-2011 10:28
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