Resumo: Objetivou-se com este trabalho verificar o efeito da monensina e da peletização na produção, composição, perfil de AG do leite, textura da manteiga, avaliar os parâmetros sanguíneos e, determinar o consumo e a digestibilidade de MS e nutrientes em vacas lactantes mantidas em pastagem. Utilizaram quatro vacas da raça Holandês com 186 (±9,7) dias em lactação e pesando em média 515 (±36,4) kg, distribuídas em um quadrado latino 4x4 com os seguintes tratamentos: concentrado não peletizado sem adição de monensina; concentrado não peletizado com adição de monensina; concentrado peletizado sem adição de monensina; concentrado peletizado com adição de monensina. Os animais foram mantidos em pastagem de Cynodon e recolhidos duas vezes ao dia para suplementação e ordenha. As amostras de leite foram compostas proporcionalmente de acordo com a produção da manhã e tarde de cada animal. Para a determinação do CMS e de nutrientes da ração concentrada, foram registradas diariamente a quantidade de ração ofertada e as sobras no cocho. Empregou-se o uso do óxido de cromo (Cr203) como indicador externo, sendo fornecido duas vezes ao dia, totalizando 10 g para cada animal por dia. Amostras de fezes foram coletadas diretamente da ampola retal duas vezes ao dia, e posteriormente foram secas, moídas e compostas com base no peso seco. Não foram observadas diferenças significativas na produção e composição do leite para os diferentes tratamentos avaliados. A média de produção de leite corrigida (PLC 3,5%) foi 11,44 kg/dia (P>0,05). No perfil de AG, houve redução (Pc0,05) nas concentrações de C18:0 no leite de vacas que consumiram a ração peletizadas. Os teores de CLA foram 47% maiores nos tratamentos com adição de monensina, e 70% maior para as rações peletizadas. A peletização diminuiu os AGS do leite, e aumentou em 25% a concentração de AGPI e em 15% de AGMI (P<0,05). A textura da manteiga não foi alterada pela dieta, somente tendência para a diminuição da adesividade foi verificada com a peltetização do concentrado. Não houve diferença (P>0,05) no CMS e de nutrientes da forragem e da ração concentrada, com exceção do EE em que a peletização reduziu (P<0,05) o consumo deste nutriente na ração, no consumo total e no consumo em função do PC, com valores médios de 0,31 kg/dia; 0,43 kg/dia e 0,09%. As digestibilidades da MS e dos demais nutrientes, não diferiram (P>0,05). A peletização das rações tendeu (P=0,08) a aumentar a DM0, com média de 71,25% vs 68,20% para não peletizadas. Os tratamentos peletizados aumentaram a DMS (de 62,9% para 65,6%), a DPB (de 68,2% para 71,3%) e DEE (de 85,2% para 85,8%). Os constituintes do sangue não foram alterados. Tanto a peletização das rações quanto a adição de monensina sódica, não influenciaram o consumo de nutrientes das vacas mantidas em pastagem, e conseqüentemente as digestibilidade dos nutrientes. O perfil de AG do leite foi mais influenciado pelo processamento térmico do que pela adição ou não de monensina.
Abstract: This trial aimed to evaluate tlie production, composition and fatty acid profile of miik blood parameters and to determine the intake and digestibility of DM and nutrients from cows kept at pasture and fed with concentrate ration containing ground flaxseed, pelieted or not, with or without added sodium monensin. It was used four multiparous Holstein cows, averaging 186 (±9.7) days in milk and 515 (±36.4) kg of body weight, assigned in a Latin Square design 4x4 with the followig treatments: concentrate ration without monensin; concentrate ration with monensin; pelleted concentrate ration without monensin; pelieted concentrate ration with monensin. The animais were kept at Cynodon pasture and housed twice a day for feeding and miiking. The milk samples were composed propotionaliy according to the production of each animal in the morning and afternoon. To determine the dry matter intake (DM1) and nutrient of the concentrate ration were recorded daily the amount of offered and ieftovers food. The chromium oxide (Cr203) was used as an extermal marker, being supplied twice a day, totaiing 10 g per animal per day. The faeces samples were collected twice a day from the cows rectum, and then they were dried, grounded and composed on basis in the dry weight. There were no significant differences in the production and composition milk among the evaluated treatments. The mean of fat corrected milk yield (3.5% FCM) was 11.44 kg/day (P>0.05). In the fatty acids (FA) proflie, the C18:0 concentration decreased (P.<0.05) in miik from cows feed pelleted ration. The ievels of CLA were 47% higher in rations with monensin addition, and 70% higher for the peiieted ration. The pelieted ration decreased (P<0.05) milk concentration of saturated FA, and increased (P<0.05) 25% of polyunsaturated FA and 15% of monounsaturated FA. Textural properties of butter was not modified with the treatments, but the butter samples tended to be iess adhesive with the pelleted ration. There was no significance (P>0.05) in DM1 and nutrient forage and concentrate ration, except the ether extract (EE) intake that was reduced (P<0.05), as well as total intake and intake as a function of the body weight, with average values 0.31 kg/day, 0.43 kg/day and 0.09%, respectively. The nutrients and DM digestibility did not differ (P>0.05). There was a trend (P=0.08) for pelleted ration to increase digestibility of OM, with average 71.25% vs 68.20% for those not pelleted. The pelleted treatments increased DM digestibility (62.90% to 65.55%), the protein digestibility (68.84% to 70.78%) and EE digestibility (85.17% to 85.8%). The blood parameters did not differ. Both, pelleting rations and monensin addition, had not effect on nutrient intake from cows kept in pasture, and consequently the nutrients digestibility. Milk fatty acids profile was affected more by the heat processing than by the monensin addition ou absence in the concentrate ration. |