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Consultar: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (Sociedade e Políticas Públicas)

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Título [PT]: Identidade e empoderamento : Grupo Maternati e a humanização do parto na cidade de Maringá
Título [EN]: Identities and empowerment: grupo maternati and humanized childbirth in Maringá city
Autor(es): Fernanda Lacerda Duarte
Palavras-chave [PT]:

Parto humanizado. Identidades. Gênero e sexualidade. Empoderamento. Maringá. Paraná (Estado). Brasil.
Palavras-chave [EN]:
Humanized childbirth. Identities. Gender. Empowerment. Maringá. Paraná (State). Brazil.
Área de concentração: Sociedade e Políticas Públicas
Titulação: Mestre em Ciências Sociais
Banca:
Zuleika de Paula Bueno [Orientador] - UEM
Martha Célia Ramírez-Galvés - UEL
Eliane Sebeika Rapchan - UEM
Resumo:
Resumo: O ponto de partida deste trabalho são as práticas, as experiências e os discursos das participantes do Maternati, grupo que reúne mulheres interessadas em alcançar o parto humanizado na cidade de Maringá. Declarando a preferência pelo parto natural, o Grupo propõe em seus encontros uma discussão coerente com os temas e os valores anunciados por vanguardas obstétricas e posteriormente reiterados no movimento pela humanização do parto e do nascimento. Essa rede de profissionais e mulheres discute, desde a década de 1990, a legitimidade e os resultados da medicalização do parto e do corpo feminino. Com o discurso de que o parto não é somente um ato médico, as participantes do Maternati realizam uma crítica ao modelo de atenção obstétrica atual, o qual despersonaliza a mulher, impõe rotinas padronizadas de intervenção no trabalho de parto e apresenta como dados naturais a ideia de risco, medo e dor relacionados ao parto. Para questionar e ressignificar tais práticas, essas mulheres articulam múltiplos discursos que, uma vez construídos, fortalecem suas identidades, tanto em âmbito individual quanto coletivo, principalmente em suas relações dentro do Grupo Maternati, mas não restritas a ele. Dentre eles, percebemos narrativas feministas de autonomia, liberdade e posse do corpo pela mulher, uma influência direta dos movimentos feministas sobre os valores da humanização do parto e consequentemente no Grupo Maternati. O discurso do empoderamento é central nos relatos das mulheres; procuramos, por isso, percorrer os seus caminhos teóricos e as suas limitações práticas. Entre as adeptas do parto humanizado há também uma importante identificação com a "natureza" e com práticas consideradas "mais naturais". Nossa hipótese é que o discurso simbólico da natureza em relação ao parto pretende ser uma alternativa aos discursos hegemônicos da assistência obstétrica, que consideram o parto um fenômeno perigoso e propenso à doença. Para legitimar suas escolhas, o Grupo também dialoga com vertentes críticas da medicina convencional, a fim de evidenciar o seu caráter tecnocrático e intervencionista. Nesse sentido, não deixamos de destacar o trabalho das doulas: principais mediadoras entre os ideais da humanização e as mulheres interessadas no parto humanizado, são elas as principais responsáveis pela formação de grupos como o Maternati e pela contribuição à construção de diferentes identidades a partir do parto humanizado.

Abstract: The starting point for this work is the practice, the experience and the discourse of the members of Maternati group that gathers women interested in reaching humanized childbirth in Maringá city. Declaring their preference for natural labour the group states in their meetings a discussion that coherent with the themes and values announced by obstetrics vanguards and lately reitereited by the humanization movement for birth. That network including professionals and women discusses since the nineties the legitimary and the results of excessive medicalization of childbirth and the feminine body. With the discourse that labour in not only a medical act the participants of Maternati group are critical to the presente model with depersonalizes woman, imposes standardizes rotines to intervene in the labour birth and presents as a given idea risk, fear and pain related to chilbirth. To question and give a new meaning to suck a practice those women articulate multiple discourses that strengthen their identities. Among them we perceive feminist proposals of autonomy, liberty and body possession by woman, as a result of feminist movement on values about humanized chilbirth and consequently on the group. The empowerment speech is the core of women's reports, that is why we go along its theoricals ways and practical limitation. Women who are involved in humanized labour identify themselves very seriously with nature or "natural procedures". In oposition to modern rational sight in these groups the concept of nature has elements which add value to it. Our hypothesis stands that the symbolic discourse of nature in relation to labour intends to be an alternative to the prevailing system that considers chilbirth a dangerous pathological phenomenon. To legitimate their choises the group dialogs witch critical currents in conventional medicine to denounce its technocratical and interventionist nature. In this sense we also emphasize doula's work: who are main mediators betwen the ideals of humanization and women interested chilbirth because they are responsible ones for the formation of groups like Maternati and their contribution to build different identities starting from this project.
Data da defesa: 24/04/2015
Código: vtls000217970
Informações adicionais:
Idioma: Português
Data de Publicação: 2015
Local de Publicação: Maringá, PR
Orientador: Prof.ª Dr.ª Zuleika de Paula Bueno
Instituição: Universidade Estadual de Maringá . Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes . Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Nível: Dissertação (mestrado em Ciências Sociais)
UEM: Departamento de Ciências Sociais

Responsavel: edson
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: Dissertação Fernanda (1).pdf
Tamanho: 1373 Kb (1405664 bytes)
Criado: 11-10-2016 16:23
Atualizado: 11-10-2016 16:32
Visitas: 880
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