Resumo: Analisa-se no romance Crossing the River (1993), de Caryl Phillips, a resistência e a conseqüente subjetificação e construção da identidade das personagens negras Nash, Martha e Travis, no contexto da literatura negra britânica. O objetivo principal é analisar a situação do ser escravo não somente nas condições coloniais, mas também o fato de ser negro na contemporaneidade, observando a resistência e as circunstâncias. Investiga-se a resistência nas suas modalidades violenta e não-violenta esta última com ênfase na resistência discursiva da mímica, paródia e cortesia dissimulada. Os autores empregados para discussão da subjetividade abrangem Fanon, Arendt e Bhabha. Os resultados mostram que as repercussões da objetificação sofrida pelo escravo negro durante os tempos coloniais, sua resistência e a conquista da subjetividade têm conseqüências na contemporaneidade no mundo globalizado, do qual o negro ainda é excluído. Verifica-se ainda que os elementos de resistência e subjetividade ainda são muito presentes nos descendentes negros que poderão formar uma sociedade mais igualitária dentro da comunidade hegemônica.
Abstract: We analyze on the romance Crossing the River (1993), by Caryl Phillips, the resistance and consequent subjetification and identity construction of the black characters Nash, Martha and Travis on the British Black Literature context. The principal aim is to analyze the situation of the slave being in contemporaneity, observing the resistance and circumstances. We investigate resistance on its modalities violent and non-violent, the last with emphasis on discursive resistance of mimicry, parody and sly civility. The authors used for the discussion comprehend Fanon, Arendt and Bhabha. The results show that objectification repercussions undergone by the black slave during colonial time, his resistance and the conquest of subjectivity have consequences on contemporaneity of the globalized world, from which the black is still excluded. We also verify that the elements of resistance and subjectivity are still present at black descendants who will be able to build a more equalitarian society in an hegemonic community. |