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Título [PT]: A rede social do paciente hipertenso
Autor(es): Paula Faquinello
Palavras-chave [PT]:
Hipertensão, Cuidados de enfermagem. Atenção primária à saúde. Apoio social. Enfermagem. Brasil. |
Palavras-chave [EN]:
Hypertension. Social support. Nursing. Primary health care. Brazil. |
Área de concentração: Cuidado à saúde nos diferentes ciclos da vida
Titulação: Mestre em Enfermagem
Banca:
Sônia Silva Marcon [Orientador] - UEM
Silvia Cristina Mangini Bocchi - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Ligia Carreira - UEM |
Resumo:
Resumo: A hipertensão arterial é a doença crônica mais prevalente no mundo moderno. O fato de seu tratamento exigir o uso contínuo de medicamentos, realização freqüente de exames, consultas médicas e mudanças nos hábitos de vida faz com que seu controle seja muito problemático. Estudos realizados apontam que a rede social influencia positivamente na manutenção da saúde física e mental dos indivíduos, independente do período de ciclo de vida que estes se encontram. Diante do exposto, o objetivo do estudo foi conhecer a rede social familiar e não-familiar de indivíduos hipertensos, e identificar como é a atuação desta rede em situações de saúde e doença. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa realizado com 20 indivíduos hipertensos, com idade entre 50 a 80 anos e que procuraram atendimento de urgência/emergência, ocasionada por crise hipertensiva no Hospital Municipal de Maringá - PR. Os dados foram coletados no período de março a junho de 2009 na residência dos mesmos, por meio de entrevista gravada, seguindo um roteiro semi-estruturado. As entrevistas foram transcritas e posteriormente submetidas à análise de conteúdo do tipo temática (Bardin). Os resultados apontam fatores que influenciam na formação e manutenção da rede consangüínea, tais como morte, doença, distância geográfica e atividades laborais e familiares. Evidenciou-se diferenças na qualidade do vínculo entre os hipertensos e seus familiares, sendo que em alguns casos houve um afastamento entre estes sujeitos. As amizades constituem uma forma importante de ajuda no enfrentamento das adversidades da vida, inclusive com um vínculo tão, ou mais forte do que os laços consangüíneos. O pouco tempo de moradia é um fator que interfere no vínculo do hipertenso com seus vizinhos. Os telefonemas e as visitas foram os recursos citados para manter contato com os amigos. Além do domicílio, a igreja, o clube de hidroginástica e a unidade básica foram locais mencionados para este contato. Com relação à unidade básica, o hipertenso mantém um vínculo frágil com este setor, e percebem um acolhimento inadequado por parte dos profissionais. Na opinião dos mesmos, o apoio fornecido se limita à entrega de medicações, exames e consultas médicas. Observou-se a falta de incentivo para a participação nas reuniões, sendo que a procura pela unidade acontece quando o indivíduo se percebe "doente". Durante o período de doença a família é a rede mais acionada principalmente com relação à alimentação e auxílio no uso de medicamentos. Do mesmo modo são citadas as relações de amizade e a figura do médico. Em nenhum momento o enfermeiro foi citado como presente e atuante no sentido de fornecer apoio e orientações aos hipertensos em estudo. Neste sentido, ressaltamos a necessidade do enfermeiro tornar-se mais visível aos usuários e na comunidade em geral e que os profissionais de saúde adquiram conhecimentos sobre as redes sociais utilizadas pelos hipertensos, como uma estratégia para o fornecimento de uma assistência mais efetiva e com o intuito de melhorar a qualidade de vida destes indivíduos tanto no domínio físico quanto psicológico.
Abstract: Arterial hypertension is the most prevalent chronic disease in the modern world. Its treatment demands the continued use of pharmacological drugs, frequent check-ups and medical appointments as well as the changes in life habits that altogether make it difficult to control this disorder. Recent studies point that the social network has positive influence over the patients' maintenance of mental and physical health regardless of the phase of life they are in. The aim of this study was to determine family and non-family social network of hypertensive patients and to identify how this network takes place in health-disease situations. This research has a qualitative approach and was conducted with 20 hypertensive patients aged 50 to 80 who had been under urgency/emergency medical attention at Maringá City Hospital - PR, due to an acute hypertensive episode. Data was collected from March to June 2009 at the patients' homes by recording the interviews performed using a semi-structured script. The interviews were transcribed and later submitted to the thematic content analysis proposed by Bardin. Results highlighted factors that influence the establishment and maintenance of consanguine network such as death, disease, geographic distance and work and family activities. There were differences in the quality of the link between the hypertensive patients and their family members and in some cases there was a detachment between them. Friendship is an important support for coping with life's adversities, which may be as strong as or even stronger then blood ties. A short period of residence in a given neighborhood interferes in the hypertensive patient link with his or her neighbors. Telephone calls and home visits were the resources used to keep friends in touch. Besides the house, the church, the hydro-gymnastics club and the family health care center were also mentioned as get-together places. Regarding the family health care center, the hypertensive patient has a weak link with it, perceiving an inadequate concern from the staff. From the patients' view this is limited to the provision of drugs, exams and medical appointments. When the patient realizes him or herself as sick and looks for the family health care center, there is a lack of incentives to participate in meetings offered in the facility. The family is the most accessed social network during the disease process, mainly regarding nutrition and help in taking the drugs. They feel the same way towards the relationship with friends and doctors. The nurse was not mentioned as being present and active in providing support and orientation to this population. Hence, it is important to highlight that nurses must make themselves more visible to patients and community. Also, health professionals must deepen their knowledge about social networks used by the hypertensive patients as a strategy for providing a more effective assistance aiming the improvement of life quality of this particular population both in the physical and psychological features.
Resumen: La hipertensión arterial es la enfermedad crónica más prevalente en el mundo moderno. El hecho de que su tratamiento exija el uso continuo de medicamentos, realización frecuente de exámenes, citas médicas y cambios en los hábitos de vida hace con que su control sea muy problemático. Estudios realizados apuntan que la red social influye positivamente en el mantenimiento de La salud física y mental de los individuos, independiente del período de ciclo de vida que éstos se encuentran. Delante de lo expuesto, el objetivo del estudio fue conocer la red social familiar y nofamiliar de individuos hipertensos, e identificar cómo es la actuación de esta red en situaciones de salud y enfermedad. Se trata de un estudio de abordaje cualitativo realizado con 20 individuos hipertensos, con edad entre 50 a 80 años y que buscaban atención de urgencia/emergencia, ocasionada por crisis hipertensiva en el Hospital Municipal de Maringá - PR. Los datos fueron recogidos en el período de marzo a junio de 2009 en la residencia de los sujetos, por medio de entrevista grabada, siguiendo un guión semiestructurado. Las entrevistas fueron transcritas y posteriormente sometidas al análisis de contenido del tipo temático (Bardin). Los resultados apuntan factores que influyen en la formación y mantenimiento de la red consanguínea, así como muerte, enfermedad, distancia geográfica y actividades laborales y familiares. Se evidenció diferencias en la cualidad del lazo entre los hipertensos y sus familiares, siendo que en algunos casos hubo un alejamiento entre estos sujetos. Las amistades constituyen una forma importante de ayuda en el enfrentamiento de las adversidades de la vida, inclusive con un lazo tan, o más fuerte que los lazos consanguíneos. El poco tiempo de vivencia es un factor que interfiere en El lazo del hipertenso con sus vecinos. Las llamadas telefónicas y las visitas fueron los recursos citados para mantener contacto con los amigos. Además del domicilio, la iglesia, el club de hidrogimnasia y la unidad básica fueron locales mencionados para este contacto. Con relación a la unidad básica, el hipertenso mantiene un lazo frágil con este sector, y percibe un acogimiento inadecuado por parte de los profesionales. En la opinión de los profesionales, el apoyo proporcionado se limita a la entrega de medicaciones, exámenes y citas médicas. Se observó la falta de incentivo para la participación en las reuniones, siendo que la búsqueda por la unidad sucede cuando el individuo se percibe "enfermo". Durante el período de enfermedad la familia es la red más accionada principalmente con relación a la alimentación y auxilio en el uso de medicamentos. De la misma manera son citadas las relaciones de amistad y la figura del médico. En ningún momento el enfermero fue citado como presente y actuante en el sentido de proporcionar apoyo y orientaciones a los hipertensos en estudio. En este sentido, resaltamos la necesidad de que el enfermero se torne más visible a los usuarios y en la comunidad en general y que los profesionales de salud adquieran conocimientos sobre las redes sociales utilizadas por los hipertensos, como una estrategia para proporcionar una asistencia más efectiva y con el objetivo de mejorar la calidad de vida de estos individuos tanto en el dominio físico como psicológico. |
Data da defesa: 2009
Código: vtls000183962
Informações adicionais:
Idioma: Português
Data de Publicação: 2009
Local de Publicação: Maringá, PR
Orientador: Prof.ª Dr.ª Sonia Silva Marcon
Instituição: Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Enfermagem
Nível: Dissertação (mestrado em Enfermagem)/
UEM: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Responsavel: beth
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: paula_faquinello-1.pdf
Tamanho: 1258 Kb (1288309 bytes)
Criado: 14-04-2011 10:51
Atualizado: 14-04-2011 11:04
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