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Título [PT]: Contextos de exclusão social e vulnerabilidade de mulheres usuárias de drogas no ciclo gravídico puerperal
Autor(es): Sônia Regina Marangoni
Palavras-chave [PT]:
Cocaína (Drogas). Vulnerabilidade. Mulheres. Crack (Drogas). Mulheres, Gestantes. Drogas, Saúde da mulher. Gravidez. Uso de drogas. Exclusão social. Hospital Regional de Maringá. Maringá. Paraná. (Estado). Brasil. |
Palavras-chave [EN]:
Vulnerability. Crack Cocaine. Pregnant Women. Women Health. Center for Intoxication Control of the University Hospital of Maringá. Maringá. Paraná. State. Brazil.
Vulnerabilidad. Cocaína Crack. Gestantes. Salud de la Mujer. Centro de Control de Intoxicaciones del Hospital Universitario Regional de Maringá. Brasil. |
Titulação: Mestre em Enfermagem
Banca:
Magda Lúcia Félix de Oliveira [Orientador] - UEM
Fátima Büchele - UFSC
Sandra Marisa Pelloso - UEM |
Resumo:
Resumo: A produção, o tráfico e o uso das drogas são uma ameaça à segurança e à saúde dos indivíduos, das famílias e das comunidades. Verifica-se nos últimos anos o crescimento do uso de drogas entre mulheres em idade fértil, ocasionando desafios para a intervenção nos agravos decorrentes da relação droga de abuso e saúde materno-infantil. A urgência pela droga e a falta de condições financeiras levam-nas a participarem de atividades ilícitas, como tráfico de drogas, roubo e prostituição, em troca de drogas ou de dinheiro para comprá-las e sob efeito das drogas têm dificuldades em negociar a prática de sexo seguro, submetendo-se ao risco de gravidez indesejada ou não-planejada. O presente estudo tem por objetivo avaliar contextos de vulnerabilidade de mulheres usuárias de drogas de abuso no ciclo gravídico puerperal. Utilizando-se o referencial analítico da vulnerabilidade foi realizado estudo de caráter descritivo e retrospectivo de uma série de casos de 12 mulheres usuárias de drogas de abuso no ciclo gravídico puerperal, provenientes de três municípios da região Noroeste do Paraná, cujos casos foram notificados ao Centro de Controle de Intoxicações do Hospital Universitário Regional de Maringá, nos anos de 2008 a 2010. Como fonte de dados, foram utilizadas as fichas epidemiológicas de Ocorrência Toxicológica, e os prontuários hospitalares das mulheres. Os instrumentos para coleta de dados foram um roteiro para entrevista semiestruturada, aplicado durante visita domiciliar, e um diário de campo. Os dados foram categorizados de acordo com os três planos analíticos de vulnerabilidade - Individual, Social e Programático e analisados por conteúdo temático. A maioria das mulheres se declarou da raça/cor parda (58,3%); estava em período reprodutivo - faixa etária entre 17 e 33 anos; convivia em regime de união estável (58,3%); não tinha o nível de escolaridade compatível com a idade e nem tinha renda fixa (75%); sobrevivia com a pensão alimentícia dos filhos ou auxílio governamental do Programa Bolsa Família. O número de gestação/mulher variou entre duas e 11 gestações, mas 66,7% das mulheres relataram mais de três gestações. Todas iniciaram o uso de drogas na adolescência e apresentavam comportamento aditivo. Utilizaram múltiplas drogas de abuso durante a gestação, sendo o crack a mais frequente (10 - 83,3%), seguida do álcool (5 - 41,7%), e da maconha (3 - 25%). Ao longo da vida, tabaco e álcool foram as drogas de iniciação, seguidas da maconha, primeira droga ilícita utilizada por dez mulheres (83,3%). Como fatores desencadeantes para o uso de drogas, destacaram-se a influência dos amigos (10), dos familiares (9), dos companheiros (8), e a presença das drogas na comunidade de convivência. No plano individual, os elementos de vulnerabilidade encontrados referem-se ao gênero, idade, situação conjugal, escolaridade, situação ocupacional, renda e raça/cor da mulher. No plano social, referem-se às situações vivenciadas pelas mulheres na família - o comportamento aditivo, distúrbios psiquiátricos, conflitos, violência física, psicológica e sexual; e conflitos com a Justiça - tráfico de drogas, outros delitos, prisão, prostituição e homicídio. No plano programático, encontrou-se a baixa acessibilidade a serviços de saúde, para realização de pré-natal e tratamento para dependência química; a inexistência de vínculo com profissionais; e baixa resolutividade e autonomia nas questões de planejamento reprodutivo e redução de danos no uso de drogas.
Abstract: The production, trafficking and use of drugs are a threat to safety and health of individuals, families, and communities. An increased use of drugs among women of childbearing age has been observed in recent years, causing challenges for intervention in respect of damages resulting from the relationship between abused drug and maternal and child health. The urgency for the drug and the lack of financial conditions lead them to engage in illicit activities, such as drug trafficking, theft and prostitution, in exchange for drugs or money to purchase them, and under the influence of drugs, they have difficulty negotiating the practice of safe sex, submitting to the risk of unwanted or unplanned pregnancy. This study aimed to evaluate contexts of vulnerability of women bearing abused drugs during the puerperal cycle. By using the analytical reference of the vulnerability, it was performed a descriptive and retrospective study of a case series of 12 women bearing abused drugs in the puerperal cycle, from three municipalities of Northwestern Paraná State, whose cases were reported to the Center for Intoxication Control of the University Hospital of Maringá, in the years from 2008 to 2010. As a data source, it was used the epidemiological records of Toxicological Occurrence and the hospital charts of the women. The tools used to collect the data were a script for a semi-structured interview, applied during home visits, and a field diary. The data were categorized according to the three analytical levels of vulnerability - Individual, Social, and Programmatic, and analyzed by thematic content. Most women said belonged to the race/color mulatto (58.3%), at childbearing age - between 17 and 33 years; lived in a common-law marriage (58.3%), had education incompatible with their age and had no fixed income (75%); survived with the alimony of children or government support of the Family Grant Program. The number of pregnancy/woman ranged between two and 11, but 66.7% reported more than three pregnancies. All of them started using drugs during the adolescence and had an addictive behavior. They used multiple abused drugs during pregnancy, crack being the most frequent (10 - 83.3%), followed by alcohol (5 - 41.7%), and marijuana (3 - 25%). Throughout their lives, tobacco and alcohol were the drugs of initiation, followed by marijuana, the first illicit drug used by ten women (83.3%). As triggering factors for the use of drugs, stood out the influence of friends (10), relatives (9), companions (8), and the presence of drugs in their community. At individual level, the elements of vulnerability found refer to gender, age, marital status, education, occupation, income, and race/color of the woman. At social level, refer to situations experienced by women in the family - the addictive behavior, psychiatric disorders, conflicts, physical violence, psychological and sexual abuse; and conflict with the law - drug trafficking, other crimes, prison, prostitution and murder. At programmatic level, it was found the low access to health services to carry out the prenatal care and treatments for chemical dependency; the lack of bond with professionals; and low resolution and autonomy in matters of reproductive planning and harm reduction in the use of drugs.
Resumen: La producción, el tráfico y el uso de las drogas son una amenaza a la seguridad y a la salud de los individuos, de las familias y de las comunidades. Se verifica en los últimos años el crecimiento del uso de drogas entre mujeres en edad fértil, ocasionando retos para la intervención en los agravios provenientes de la relación droga de abuso y salud materno-infantil. La urgencia por la droga y la falta de condiciones financieras las llevan a participar de actividades ilícitas, como tráfico de drogas, robo y prostitución, a cambio de drogas o de dinero para comprarlas, y, bajo efecto de las drogas, tienen dificultades en negociar la práctica de sexo seguro, sometiéndose al riesgo de embarazo indeseado o no planeado. El presente estudio tiene como objetivo evaluar contextos de vulnerabilidad de mujeres usuarias de drogas de abuso en el ciclo gravídico puerperal. Utilizándose el referencial analítico de la vulnerabilidad fue realizado estudio de carácter descriptivo y retrospectivo de un grupo de casos de 12 mujeres usuarias de drogas de abuso en el ciclo gravídico puerperal, provenientes de tres municipios de la región Noroeste de Paraná, cuyos casos fueron notificadas al Centro de Control de Intoxicaciones del Hospital Universitario Regional de Maringá, en los años de 2008 a 2010. Como fuente de datos fueron utilizados las fichas epidemiológicas de Incidencia Toxicológica, y los prontuarios hospitalarios de las mujeres. Los instrumentos para colecta de datos fueron un itinerario para entrevista semi estructurada, aplicada durante visita domiciliar, y un diario de campo. Los datos fueron categorizados de acuerdo con los tres planes analíticos de vulnerabilidad - Individual, Social y Programático y analizados por contenido temático. La mayoría de las mujeres se declaró de la raza/color pardo (el 58,3%), estaba en período reproductivo - edad entre 17 y 33 años, convivía en régimen de unión estable (el 58,3%), no tenía el nivel de escolaridad compatible con la edad, y no tenían renta fija (el 75%), sobrevivían con la pensión alimenticia de los hijos o ayuda gubernamental del Programa Bolsa Familia. El número de gestación/mujer varió entre dos y once gestaciones, pero el 66,7% de las mujeres relataron más de tres gestaciones. Todas iniciaron el uso de drogas en la adolescencia y presentaban comportamiento adictivo. Utilizaron múltiples drogas de abuso durante la gestación, siendo el crack la más frecuente (10 - el 83,3%), seguida del alcohol (5 - el 41,7%), y de la marihuana (3 ? el 25%). A lo largo de la vida, tabaco y alcohol fueron las drogas de iniciación, seguidas de la marihuana, primera droga ilícita utilizada por diez mujeres (el 83,3%). Como factores desencadenantes para el uso de drogas se destacaron la influencia de los amigos (10), de los familiares (9), de los compañeros (8), y la presencia de las drogas en la comunidad de convivencia. En el plan individual, los elementos de vulnerabilidad encontrados se refieren al género, edad, situación conyugal, escolaridad, situación ocupacional, renta y raza/color de la mujer. En el plan social, se refieren a las situaciones presenciadas por las mujeres en la familia - el comportamiento adictivo, disturbios psiquiátricos, conflictos, violencia física, psicológica y sexual; y conflictos con la Justicia - tráfico de drogas, otros delitos, prisión, prostitución y homicidio. En el plan programático, se encontró la baja accesibilidad a servicios de salud, para realización de pre natal y tratamiento para dependencia química; la inexistencia de vínculo con profesionales; y baja disposición para solucionar y autonomía en las cuestiones de planificación reproductivo y reducción de daños en el uso de drogas. |
Data da defesa: 2011
Código: vtls000194595
Informações adicionais:
Idioma: Português
Data de Publicação: 2011
Local de Publicação: Maringá, PR
Orientador: Prof.ª Dr.ª Magda Lúcia Félix de Oliveira
Instituição: Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Enfermagem
Nível: Dissertação (mestrado em Enfermagem)/
UEM: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Responsavel: inez
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: Sônia Regina Marangoni.pdf
Tamanho: 2910 Kb (2979418 bytes)
Criado: 23-03-2012 10:51
Atualizado: 23-03-2012 13:32
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