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Consultar: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (Sociedade e Políticas Públicas)

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Título [PT]: Saúde mental e maternidade : subsídios para as políticas de saúde mental no Paraná
Título [EN]: Mental health and maternity: subsidies for mental health
Autor(es): Aline Pinto Guedes
Palavras-chave [PT]:

Saúde mental. Políticas públicas. Maternidade. Sofrimento mental. Psicanálise. Brasil.
Palavras-chave [EN]:
Mental health. Maternity. Mental suffering. Political policies. Psychoanalisis. Brazil.
Área de concentração: Políticas Públicas e Ciências Sociais
Titulação: Mestre em Ciências Sociais
Banca:
Rozilda das Neves Alves [Orientador] - UEM
Sheila Regina de Camargo Martins - UEM
Claudia Medeiros de Castro - USP
Resumo:
Resumo: Os processos de gestação, parto e puerpério são propícios a perturbações emocionais de diferentes graus. Nesta pesquisa buscou-se compreender sobre os significados que algumas mulheres dão à maternidade a partir da experiência de serem internadas num hospital psiquiátrico. O tratamento fez-se necessário devido ao intenso sofrimento psíquico, somado a sintomas psiquiátricos, que as impediram de exercerem as funções maternas em maior plenitude e a cuidarem de si mesmas. Há uma carência de políticas públicas e programas voltados para o atendimento dessas situações e os que existem não possuem uma especificidade e um preparo adequado para o atendimento voltado à saúde mental com enfoque de gênero. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa de cunho descritivo-transversal, na perspectiva da Epistemologia Qualitativa, utilizando como referencial teórico a psicanálise. Foram apresentados três casos clínicos de mulheres que foram internadas no hospital psiquiátrico após uma crise do tipo psicótica no período puerperal. Utilizou-se do procedimento da Pesquisa Clínica, tendo sido uma pesquisa com intervenção, ou seja, dos atendimentos psicoterapêuticos deram-se também as entrevistas, abertas e semi-estruturadas, com as pacientes e seus companheiros. Nos resultados fez-se uma discussão a partir de algumas categorias de análise, levantando as significações dessas mulheres quanto ao tornar-se mãe. Observou-se similaridades sobre as angústias, conflitos e ambivalências que sentiram. O desamparo materno, a preocupação com a divisão entre os dois filhos, o desejo de trabalhar, a dependência emocional e financeira do marido, foram alguns pontos em comum entre elas. Todas as mulheres revelaram, durante a experiência da gestação, parto e puerpério, conteúdos psicológicos inconscientes e conflitos ligados a fantasias infantis, trazendo um sofrimento significativo para elas. Apresentavam em suas histórias vivências de violência sexual e física e abortos anteriores, que contribuíram para o mal-estar nessa experiência da maternidade. Ao lançar um olhar para as questões psicossociais envolvidas na vivência da maternidade, foi possível desenvolver um conhecimento mais profundo sobre as realidades e subjetividades dessas mulheres, contribuindo para uma reflexão do aprimoramento de políticas públicas voltadas para a promoção à saúde, à prevenção e à intervenção precoce. Identificou-se a relevância de um espaço para que as mulheres tenham a oportunidade de falar de seus medos e angústias, de assumir imperfeições, desenvolver capacidades e autonomia e planejar o futuro. A distância de seus filhos, pelo tratamento, trouxe algumas consequências para o vínculo mãebebê. Devido a isso, constatou-se a importância de repensar as ações e serviços materno-infantis de forma a elaborar medidas que contemplem a saúde mental de mulheres, sendo necessária a aproximação entre essas duas áreas da saúde, com o estímulo à capacitação das equipes e informação da população sobre o tema saúde mental e gênero. É válido melhorar a qualificação dos serviços de Atenção Primária, com a elaboração de um protocolo de pré-natal e pós-natal diferenciado para os casos de mulheres com histórico de transtorno mental prévio, ou das mulheres que apresentam sinais e sintomas psíquicos na gestação. Ficou evidente a necessidade de priorizar o cuidado com o cuidador, fazendo a maternagem da mãe quando preciso.

Abstract: The gestation process, childbirth and puerperium are propitious to develop emotional disorders in different levels. This research tries to comprehend the meanings that some women attribute to maternity based on the experience of being interned in a psychiatric hospital. The treatment was necessary due to the intense mental suffering, added to psychiatric symptoms that prevented them from executing motherhood fully as well as taking care of themselves. There's a lack of political policies and programs aiming the treatment of these women and the ones that exist are not specific and prepared for treating mental health with emphasis on gender. This dissertation is based on qualitative research of descriptive transverse kind, in Qualitative Epistemology prospect, using psychoanalysis theoretical reference. Three clinical cases of women who were interned in a psychiatric hospital after a crisis of psychosis in puerperium period were presented. The procedure of Clinical research was used and intervention was included; which means that the psychological assistance included interviews, opened and semi-structured, with the patients and their husbands. The results part involves a discussion based on some analysis categories, raising the meanings that these women attribute to maternity. We observed similarities on the anxieties, conflicts and ambivalence that they felt. The mother helplessness, the worries with division between two children, the desire to work and the economical and emotional dependence on their husbands were some of the things they had in common. All of these women revealed, during gestation process, childbirth and puerperium, unconscious psychological contents and conflicts connected to childish fantasies, bringing significant suffering to them. They mentioned that they went through experiences of sexual and physical abuse as well as previous abortion that contributed to disorders during motherhood experience. When focusing on psycho-social issues involving the experience of maternity it is possible to develop a deeper knowledge on the subjective reality of these women; which contributes to a reflection on how to improve political policies related to the promotion of health, prevention and precocious intervention. We identified the importance of having some space where women have the capacity and autonomy to plan their future. The distance from their children due to treatment, brings some consequences to the connection between mother and baby. Therefore, we could assume the importance of rethinking the actions and mother-children services in a way that enables creating measures that contemplate the mental health of women considering necessary the proximity between the two health areas including the stimulation to empower groups of work and informing the population about mental health issues. It?s valid to improve the qualification of Primary Assistance services, with the creation of different prenatal and post-natal protocol for women who have had previous mental disorders or women who have psychological symptoms during gestation process. It?s evident the necessity of prioritizing the care with the carer, making motherhood of the mom when needed.
Data da defesa: 26/10/2012
Código: vtls000208719
Informações adicionais:
Idioma: Português
Data de Publicação: 2012
Local de Publicação: Maringá, PR
Orientador: Prof.ª Dr.ª Rozilda das Neves Alves
Instituição: Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências Humanas
Nível: Dissertação (mestrado em Ciências Sociais)/
UEM: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

Responsavel: anezia
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: Dissertação Aline Pinto Guedes.pdf
Tamanho: 991 Kb (1014279 bytes)
Criado: 14-11-2013 09:26
Atualizado: 14-11-2013 09:41
Visitas: 1297
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