Resumo: Avaliou-se a eficiência do Método Famacha® em identificar fêmeas ovinas infectadas por Haemonchus contortus baseado no valor de hematócrito. Foram utilizadas 47 fêmeas ovinas das raças Santa Inês (n=16), Texel (n=16) e Ile de France (n=15). Dentro de cada raça, os animais foram distribuídos em dois grupos alimentares. Os animais receberam dietas com 60% de NDT variando o teor de proteína bruta (PB) em 12% e 16% para os tratamentos 1 (T1) e 2 (T2) respectivamente. Todos os animais foram everminados trinta dias antes do início das colheitas de dados, as quais foram realizadas quinzenalmente no período compreendido entre os meses de julho de 2005 a março de 2006. Avaliou-se individualmente a mucosa ocular de todos os animais em concordância com o preceituado pelo método Famacha®, bem como, obteve-se laboratorialmente, o valor do hematócrito de cada animal e a quantidade de ovos por grama de fezes (OPG) de cada animal. O valor do hematócrito mostrou uma variação ao longo do período experimental decorrente da variação dos valores de OPG. Apesar de não serem identificadas diferenças (p > 0,05) entre o T1 e T2, foram detectadas diferenças (p < 0,05) quanto ao grupo racial e interações grupo racial x tratamento e grupo racial x grau de infecção endoparasitário. Os resultados sugerem que o monitoramento através da determinação do valor do hematócrito é eficaz na identificação de animais severamente parasitados e que valores de OPG abaixo de 1000 ovos por grama de fezes não requerem tratamento anti-helmíntico, bem como borregas da raça Santa Inês apresentam maior resistência endoparasitária do que fêmeas ovinas das raças Texel e Ile de France. Obteve-se uma correlação de 1:0,7991 dos valores de hematócrito e a classificação pelo método Famacha® visando a identificação de animais acometidos por diferentes graus de anemia. O método mostrou-se eficiente na identificação dos animais que necessitam de tratamento antiparasitário constituindo-se numa ferramenta de auxílio na identificação de animais susceptíveis ao Haemonchus contortus.
Abstracts: Haemonchus contortus and the grade of corresponding packed cell volume in females ovine. 47 females ovine of Santa Inês (n=16), Texel (n=16) and Ile de france (n=15) breeds were used. Inside of each breed, animals were distributed in two groups. The animals received diets with 60% of TDN varying the crude protein (CB) amount in 12% and 16% to treatments 1 (T1) and 2 (T2) respectively. All animals were drenched thirty days before the start of the data collect, which were accomplished biweekly during July of 2005 until March of 2006. It was evaluated the ocular mucous membrane individually of all animals in concordance with which is set down by the Famacha® method, as well as, it was obtained in lab, the packed cell volume value of each animal and fecal egg counts (FEC) of each animal. The packed cell volume value showed a variation along the labor due to the variation of FEC values. In spite of it were not identified differences (p > 0.05) between T1 and T2, differences were detected (p > 0.05) for racial group and interactions between racial group x treatment and racial group x infection endoparasite grade. The balances suggest that the monitoring through the determination of the packed cell volume value is effective to identify animals severely parasitized and that FEC values below 1000 eggs per gram of feces do not request drenches, as well as female ovine of Santa Inês breed present larger endoparasite resistance than females of Texel and Ile de france breeds. It was obtained a correlation of 1:0.7991 of the packed cell volume values and classification by method Famacha® seeking the identification of animals attacked by different anemia grades. The method was efficient to identify animals that need anti-parasitic handling being constituted in a tool of support to identify animals susceptible to the Haemonchus contortus. |