Resumo: A presente pesquisa baseia-se em dados coletados em três Escolas da Rede Estadual de Ensino de Apucarana e três Escolas da Rede Estadual de Ensino de Arapongas e teve como objetivo apresentar a natureza da violência escolar que permeia o cotidiano escolar e verificar se essa violência está correlacionada ao território em que a Escola está localizada. Adotou-se uma concepção restrita de violência, buscando escapar da hiperampliação conceitual. O desejo de limitar a violência escolar aos atos de violência e, principalmente, às categorias bem demarcadas pelo Código Penal não possui o condão de subestimar os demais fatos que se enquadram nas transgressões e incivilidades, mas em caracterizar os atos e fatos dentro da categoria que possam, segundo a essência, estabelecer uma representação do que realmente acontece nas Escolas e que se denomina violência escolar. Observa-se aqui a oportunidade de superar jargões como "a Escola é violenta", já que há certo relativismo nesse ponto de vista. Busca-se, através da coleta de dados nos registros escolares, a natureza dos atos sociais registrados pela instituição de ensino como ocorrências que interferem como fator negativo na rotina escolar. A pesquisa está abalizada numa abordagem qualitativa mas, mesmo assim, não dispensou a coleta de dados quantitativos nas Escolas, nos registros de ocorrências, que servem de referência para a análise qualitativa. O delineamento temporal para a coleta de dados nos registros de ocorrências das escolas estaduais é de cinco anos, de 2008 a 2012. Nos dados coletados nos registros de ocorrências das escolas, observa-se indisciplina generalizada. As condutas prevalentes são as transgressões e as incivilidades. Esses comportamentos, repetidos cotidianamente e aliados a um número inferior de condutas delituosas compõe um cenário de violência.
Abstract: This research is based on data collected in three Schools State Schools of Apucarana an three Schools State Schools Arapongas and aimed to present the natures of school violence that permeates everyday school life and to check whether that violence is correlated to the territory in which the school is located. We adopted a restricted conception of violence, seeking to escape the hyper conceptual expansion. The desire to limit school violence to acts of violence and especially the categories well marked by the Criminal Code does not have the power to underestimate the other facts that fall within the offenses and incivilities, but to characterize the acts and facts within the category may, in essence, establish a representation of what actually happens in schools and what is called school violence. We can see here the opportunity to overcome jargon as "the School is violent" since there is a certain relativism that point of view. One aim, by collecting data in school records, the nature of social acts registered by the school as occurrences that affect a negative factor in school routine. The research is a qualitative approach authoritative but even so it didn't exempt the quantitative data collection in schools, in the records of occurrences, which serve as reference for qualitative analysis. The temporal design to collect data in the records of occurrences of state schools is five years, from 2008 to 2012. In the data collected in the records occurrences of schools, there is widespread indiscipline. The pipelines prevalent are transgressions and incivilities. These behaviors repeated daily and combined with a lower number of criminal conducts composes a scene of violence. |