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Consultar: Programa de Pós-Graduação em Filosofia

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Título [PT]: Objetividade e imparcialidade : uma análise filosófica
Autor(es): Lígia Maria Coutes
Palavras-chave [PT]:

Filosofia da ciência. Objetividade científica. Ciência. Filosofia. Brasil.
Palavras-chave [EN]:
Objectivity. Impartiality. Philosophy of science. Brazil.
Titulação: Mestre em Filosofia
Banca:
Max Rogério Vicentini [Orientador] - UEM
Amélia de Jesus Oliveira - FAJOPA
Vladimir Chaves dos Santos - UEM
Resumo:
Resumo: A noção de objetividade científica se tornou um dos pilares do paradigma moderno de ciência, sendo concebida como uma das principais virtudes do conhecimento científico. No entanto, poucos são os trabalhos que se dedicam a apresentar uma definição minuciosa do conceito, tratando-o como algo pacífico na literatura acadêmica. A objetividade científica é discutida de formas variadas e em domínios distintos, de modo que se encontram diversas definições e debates em torno deste conceito, que motivam diversas críticas. Diante desse cenário, o escopo desta dissertação é realizar uma análise filosófica do conceito de objetividade científica em geral, e da noção de imparcialidade em particular, buscando reconstruir o caminho que este conceito percorreu, para tentar compreender como ele adquiriu tanta relevância no âmbito científico. Para tanto, inicialmente remonta-se a origem da ideia de objetividade à distinção entre fato e valor estabelecida no século XVII e corroborada pela teoria dos Ídolos de Bacon, primeiro filósofo a esboçar ideias que depois foram reunidas sob o nome “objetividade”. Feito isso, caracterizamos a concepção tradicional de objetividade, bem como suas teses subjacentes: imparcialidade, neutralidade e autonomia, enfatizando a tese da imparcialidade. Tentamos mostrar que a ideia de objetividade pode ser interpretada de forma radical segundo dois polos. De um lado, defende-se a objetividade científica como um dos critérios epistemológicos que sustentam o paradigma moderno de ciência. De outro, concebe-se a objetividade como um ideal inalcançável da prática científica que deve ser abandonado. Diante disso, a questão que fica é se há apenas posições radicais sobre a objetividade científica. Defendemos neste trabalho que é possível seguir um caminho alternativo, em um tom moderado, com base no Senso-Comum Crítico de Susan Haack, e elaboramos uma definição de objetividade alternativa que pode se mostrar frutífera para o debate filosófico.

Abstract: The notion of scientific objectivity, conceived as one of the central virtues of scientific knowledge, consists in a fundamental concept in the modern scientific paradigm. However, there is a scarce literature dedicated to explore the definition of this notion, which has often made it be taken for granted. Scientific objectivity is discussed in different ways across different domains, such that one can find different definitions and discussions relating to this concept, which have sparkled different criticisms. Faced with this, the aim of this dissertation is to provide an analysis of the notion of scientific objectivity, and particularly of the notion of impartiality, aiming to reconstruct the historical development of this concept to understand how it became such an important notion in science. We start by tracing back the notion of scientific objectivity to the distinction between facts and values established in the seventeenth century. We discuss how this distinction was illustrated in Francis Bacon’s theory of Idols. We show that Bacon was one of the first philosophers to sketch the ideas associated with the notion of “objectivity”. We then proceed to characterize the traditional notion of objectivity and its related theses: impartiality, neutrality, and autonomy, giving emphasis to the impartiality thesis. Moreover, we try to show that there are two radical interpretations of objectivity stemming from two distinct perspectives. On the one hand, scientific objectivity is seen as one central epistemological notion that supports the modern paradigm of science. On the other hand, objectivity is seen as an ideal notion of scientific practice that cannot be satisfied, thus giving us motivation to abandon it. The question that arises is whether these two radical views are the only plausible ones to understand the notion of scientific objectivity. In this dissertation, we hold that an alternative view is possible, and this view, which can be characterized as moderate, is illustrated by Susan Haack’s Critical Common-Sensism. We thus conclude by providing an alternative definition of objectivity which can be fruitful in philosophy.
Data da defesa: 10/03/2017
Código: vtls000225616
Informações adicionais:
Idioma: Português
Data de Publicação: 2017
Local de Publicação: Maringá, PR
Orientador: Prof. Dr. Max Rogério Vicentini
Instituição: Universidade Estadual de Maringá . Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes . Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Nível: Dissertação (mestrado em Filosofia)/
UEM: Departamento de Filosofia

Responsavel: edson
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: dissertacao_ligia_completo.pdf
Tamanho: 1058 Kb (1083009 bytes)
Criado: 18-05-2017 18:37
Atualizado: 18-05-2017 19:07
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