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Título [PT]: Convivendo com a morte e o morrer : o ser-enfermeiro em unidade de terapia intensiva
Autor(es): Patricia Gisele Sanches
Palavras-chave [PT]:
Unidade de Terapia Intensiva. UTI/adulto. Enfermeira. Morte e morrer. Convívio. Atitude frente à morte. Fenomenologia. Brasil. |
Palavras-chave [EN]:
Death. Attitude towards death. Nurses. Intensive Care Unit. Brazil. |
Área de concentração: Enfermagem e o Processo e o Cuidado
Titulação: Mestre em Enfermagem
Banca:
Maria Dalva de Barros Carvalho [Orientador] - UEM
Elizabeth Ranier Martins do Valle
Maria Angélica Pagliarini Waidman - UEM
Elizabeth Amâncio Souza da Silva Valsecchi - UEM
Lúcia Cecília da Silva - UEM |
Resumo:
Resumo: O interesse pela realização deste estudo advém do meu mundo-vida, da minha experiência profissional e do contato contínuo com o ambiente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No cotidiano de trabalho em UTI, os profissionais de enfermagem convivem com as angústias vivenciadas pelos pacientes e seus familiares, em virtude da complexidade do estado deles, da tensão da morte iminente, da realização de grande número de procedimentos complexos e do ritmo intenso de trabalho. Teve como objetivo compreender como os enfermeiros que trabalham, em UTI, vivenciam o processo de morte e o morrer dos pacientes. Neste contexto, a pesquisa fenomenológica mostrou-se adequada permitindo o resgate da subjetividade da experiência vivida, considerando o sujeito em sua dimensão existencial. Os sujeitos desta pesquisa foram os enfermeiros que assinaram o Termo de Compromisso Livre e Esclarecido e atuam em uma UTI/Adulto de um Hospital Escola, localizado no Noroeste do Paraná. A coleta de dados se deu por meio de uma entrevista gravada e transcrita na íntegra, com a seguinte questão norteadora: "O que é para você vivenciar a morte e o morrer de um paciente que está em seus cuidados?". Foram entrevistados oito enfermeiros e a pesquisa encerrou-se no momento em que foi verificada a invariância do fenômeno. Após a transcrição das entrevistas, procedeu-se à análise segundo Martins (1992). Da análise criteriosa das entrevistas, surgiram as categorias em que os enfermeiros apontam que a vivência da morte e o morrer de seus pacientes é um processo que permeia as seguintes questões: 1- A obstinação terapêutica como um percalço no processo de morte e morrer. 2- A difícil convivência com a equipe multiprofissional e o processo de morte e o morrer. 3- A relação com a morte propriamente dita. 4- A dinâmica do trabalho e suas implicações na morte e o morrer dos pacientes. 5- O relacionamento com a família do paciente em processo de morte e o morrer. 6- O apelo por apoio para suportar o processo de morte e o morrer. O que chamou a atenção é que muito se falou sobre viver com qualidade e parece que o lidar com a morte no seu cotidiano fez emergir, nestes profissionais, uma valorização maior por uma existência que deve ser vivida com plenitude e qualidade acima de tudo. A dificuldade de lidar com a morte, como processo natural do viver, leva o profissional, muitas vezes, a tentativas desesperadas de manter vivas as pessoas que se sabe biologicamente mortas. Os discursos possibilitam afirmar que o tema morte e o relacionamento com estes pacientes deveriam ser amplamente discutidos nas estruturas curriculares das universidades com vistas à desmistificação dos significados dos fenômenos que estejam associados à idéia de medo e pavor e que possa, dessa maneira, surgir uma nova forma de entendimento e sensibilidade para lidar com o processo de morte e o morrer. Enquanto os profissionais que atuam na área da saúde não compreenderem que a morte faz parte da existência, não poderão estar-com-o-paciente de maneira autêntica em situação de terminalidade e devem apreender que a morte e o morrer não são sempre um desafio a ser vencido, mas parte inalienável da vida.
Abstract: Interest in current study hails from my life work, my professional experience and the continuous contact with patients in the Intensive Care Unit (ICU). In their daily life at the ICU nurses live with the anguish experienced by patients and their relatives owing to the complexity of their physical and emotional state, especially imminent death, to the accomplishment of a great number of complex procedures and to intense work. Current research aims at understanding the manner nurses who work at ICUs experience the death process and patient's state of dying. The phenomenological research is adequate to recuperate the subjectivity of the experience while considering the subject in his/her existential dimension. The subjects of current research were nurses who signed the Term of Free Commitment and who work at the adult ICU of a school hospital in the northeastern region of the state of Paraná, Brazil. Data were collected through interviews recorded and transcribed wholly. The master question involved: What do the death and the dying of a patient in your care mean? After the interview has been transcribed, analysis followed according to Martins (1992). A close analysis of the interviews showed categories indicated by nurses, or rather, experiencing death and the dying of patients are processes that pervade the following issues: 1- The therapeutic obstinacy as a means in the process of death and dying. 2- The difficult living with a multiprofessional team and the process of death and dying. 3- Relationship with death. 4- The dynamics of work and its implications in the death and the dying of patients. 5- The relationship with the family of the patient who is in the process of dying. 6- The appeal for support within the death and dying processes. The most important thing is the fact that since many things have been said on quality living, dealing with death in daily life gives a higher value to the professionals in the context of living wholly and with quality above all. The difficulty of dealing with death, as a natural process of living, frequently helps the professional to make desperate attempts to keep alive patients known to be biologically dead. Discourse affirms that the death theme and the relationship with such patients should be more discussed in the university's curriculum so that the meaning of such phenomena may be demythologized from the idea of fear. A new form of understanding and sensitivity should be endeavored to deal with the death and dying processes. Only when professionals that work in health centers understand that death is part and parcel to existence, will they be able to bewith- the-patient in an authentic way during the latter's terminal period. They should also learn that death and dying are not always a challenge to be overcome but an inalienable part of life.
Resumen: El interés por la realización de este estudio adviene de mi mundo-vida, de mi experiência profesional y de contacto continuo con el ambiente de la Unidad de Terapia Intensiva (UTI). En el cotidiano de trabajo en UTI, los profesionales de enfermería conviven con las angustias vivenciadas por los pacientes y sus familiares, en virtud de la complejidad del estado de ellos, de la tensión de la muerte inminente, de la realización de gran número de procedimientos complejos y del ritmo intenso de trabajo. Tuve como objetivo comprender como los enfermeros que trabajan, en UTI, vivencian el proceso de muerte y el morir de los pacientes. En este contexto, la investigación fenomenológica se mostró adecuada permitiendo el rescate de la subjetividad de la experiencia vivida, considerando el sujeto en su dimensión existencial. Los sujetos de esta investigación fueron los enfermeros que firmaron el Término de Compromiso Libre y Aclarado y actúan en una UTI Adulto de un Hospital Escuela, localizado en el Noroeste de Paraná. La recolecta de datos se dio por medio de una encuesta grabada y transcripta en la íntegra, con la siguiente cuestión clave: "Lo qué es para usted vivenciar la muerte y el morir de un paciente que está a sus cuidados?". Fueron encuestados ocho enfermeros y la investigación se clausuró en el momento en que fue verificada la Constancia del fenómeno. Tras la trascripción de las encuestas, se procedió el análisis segundo Martins (1992). Del análisis apurada de las entrevistas, surgieron las categorías en que los enfermeros apuntan que la vivencia de la muerte y el morir de sus pacientes es un proceso que pasa por las siguientes cuestiones: 1- La obstinación terapéutica como un percance en el proceso de muerte y morir. 2- La difícil convivencia con el equipo multiprofesional y el proceso de muerte y el morir. 3- La relación con la muerte propiamente dicha. 4- La dinámica del trabajo y sus implicaciones en la muerte y el morir de los pacientes. 5- La relación con la familia Del paciente en proceso de muerte y el morir. 6- La invocación por apoyo para soportar el proceso de muerte y el morir. Lo que llamó la atención es que mucho se habló sobre vivir con calidad y parece que el lidiar con la muerte en su cotidiano hace resaltar, en estos profesionales, uma valoración mayor por una existencia que debe ser vivida con plenitud y calidad por encima de todo. La dificultad de lidiar con la muerte, como proceso natural del vivir, lleva el profesional, muchas veces, a las tentativas desesperadas de mantener vivas a las personas que se sabe biológicamente muertas. Los discursos posibilitan afirmar que el tema muerte y la relación con estos pacientes deberían ser ampliamente discutidas en las estructuras curriculares de lãs universidades con vistas a la aclaración de los significados de los fenómenos que estén asociados a la idea de miedo y pavor y que pueda, de esa manera, surgir una nueva forma de entendimiento y sensibilidad para lidiar con el proceso de muerte y el morir. Mientras los profesionales que actúan en el área de la salud no comprendan que la muerte hace parte de la existencia, no podrán estar-con-el-paciente de manera autentica en situación de muerte eminente y deben aprender que la muerte y el morir no son siempre un reto a ser vencido, pero parte inalienable de la vida. |
Data da defesa: 2007
Código: vtls000164980
Informações adicionais:
Idioma: Português
Data de Publicação: 2007
Local de Publicação: Maringá
Orientador: Profª. Drª. Maria Dalva de Barros Carvalho
Instituição: Universidade Estadual de Maringá . Departamento de Enfermagem , Universidade Estadual de Londrina. Centro de Estudos Sociais Aplicados
Nível: Dissertação (mestrado em Enfermagem)/
UEM: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Administração |
Responsavel: beth
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: Patrícia Gisele Sanches 12.12.2007.pdf
Tamanho: 423 Kb (433191 bytes)
Criado: 17-11-2008 15:36
Atualizado: 17-11-2008 15:51
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