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Título [PT]: Percepção do risco e perfil socioeconômico de jovens vítimas de trauma e usuários de álcool
Autor(es): Ivonete Arnauts
Palavras-chave [PT]:
Enfermagem. Ações Assistenciais. Prevenção. Consumo de Álcool. Jovens. Vítimas de trauma. Intoxicação alcoólica. Usuários de álcool. Percepção do risco. Perfil socioeconômico. Assistência de enfermagem. Cascavel. Paraná (Estado). Brasil. |
Palavras-chave [EN]:
Perception. Alcoholic intoxication. Nursing care. Cascavel. Paraná (State). Brasil. |
Área de concentração: Enfermagem e Processo do Cuidado
Titulação: Mestre em Enfermagem
Banca:
Magda Lúcia Félix de Oliveira [Orientador] - UEM
Sonia Silva Marcon - UEM
Maria Lucia Frizon Rizzotto - UNIOESTE |
Resumo:
Resumo: O abuso do álcool constitui fator de risco para o trauma e um problema social e sanitário de grande magnitude, em especial, para a população juvenil. O presente estudo teve como objetivo analisar a percepção do risco para o trauma, investigar o padrão de consumo de álcool e verificar a opinião dos jovens vítimas de trauma em relação as políticas publicas, por meio de estudo exploratório e transversal, em jovens com diagnóstico médico de trauma por diversas etiologias na faixa etária de 10 a 24 anos, residentes em Cascavel - PR, atendidos no Pronto Socorro (PS) de um hospital de ensino do Oeste do Paraná. Como fontes de dados foram utilizados a listagem de pacientes atendidos no PS, o prontuário do paciente e a ficha de atendimento do PS. Os instrumentos de coleta de dados foram um roteiro de entrevista, adaptado do Questionário Hablas, e uma planilha para compilação de dados. A entrevista foi realizada com o jovem ou seu responsável, se o mesmo não tinha 14 anos completos. Os dados foram inseridos no Programa Excel, para posterior análise, a partir do Programa de Computação Statística 8.0. A análise de dados foi realizada por meio de estatística descritiva, teste qui-quadrado e regressão logística. O projeto foi aprovado pelo Parecer n.º 070/2009 do Comitê Permanente de Ética e Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Maringá. Foram entrevistados 112 jovens, classificados em três grupos de padrão de consumo de álcool: 22 (19,7%) que tiveram trauma associado ao consumo de bebida alcoólica, denominados trauma com consumo; 65 (58%) que eram consumidores de álcool, mas nas seis horas anteriores ao trauma não referiram consumo, designados trauma sem consumo; e 25 (22,3%) que nunca consumiram bebida alcoólica, identificados como trauma em abstinentes na vida. O trauma predominou nos jovens do sexo masculino, com ensino fundamental completo, com renda mensal familiar entre 901,00 e 1500,00 reais, sem renda pessoal e com trabalho formal. Constatou-se que a ingestão de álcool anteriormente ao trauma aumentou em 50 vezes as chances de quadros clínicos com maior gravidade. A maior ocorrência de trauma aconteceu na faixa etária dos 15 aos 20 anos independente do padrão de consumo de bebida alcoólica, porém, os jovens na faixa dos 21 aos 24 anos tiveram 21,7 vezes mais chances de terem trauma relacionado ao consumo de álcool, quando comparados aos jovens na faixa etária dos 10 aos 14 anos. Identificou-se o início precoce do consumo de bebida alcoólica, e que a maioria dos jovens iniciaram o consumo regular entre os 15 e 20 anos. A freqüência de consumo de bebida alcoólica mais citada pelos jovens foi de uma a duas vezes por semana, sendo o consumo abusivo maior para os jovens na faixa etária dos 21 aos 24 anos, os quais fazem uso em forma de binge. Os locais onde habitualmente os jovens consumiram bebida alcoólica nos últimos 12 meses foram as festas e bares, sendo os amigos as companhias preferenciais para o consumo. A maioria dos jovens considera que os impostos e as campanhas alertando para os riscos de consumo de álcool, e direção automotiva deveriam ser aumentados, e que a idade de 18 anos para a venda de bebida alcoólica deveria permanecer como está atualmente. Os jovens, em sua maioria, consideram que as penalidades referentes ao abuso de álcool e condução de veículo automotor deveriam ser aplicadas sempre, sendo menos favoráveis à essas medidas os jovens que tiveram trauma relacionado ao consumo de bebida. Maior freqüência de direção automotiva, após o consumo de bebida alcoólica, e capacidade de direção com maior número de doses foi relatada pelos jovens que tiveram trauma associado ao consumo de bebida alcoólica e pelos que estavam na faixa etária dos 21 aos 24 anos. Os jovens que dirigiram mais vezes alcoolizados tiveram mais chances de terem trauma associado ao consumo de bebida alcoólica. Quase totalidade (96,4%) dos jovens concordou que pegar carona com motorista alcoolizado oferece risco, porém, 61,6% já tiveram essa conduta, sendo maior para os jovens que tiveram trauma relacionado ao consumo de bebida alcoólica. A maioria dos jovens considera que a bebida alcoólica traz algum prejuízo para a vida e para a saúde. Os resultados apontaram que os jovens apresentaram percepção de risco distorcida ou falsa percepção de segurança referente ao consumo de álcool, falta de credibilidade em políticas públicas e instituições, e forte influência de amigos e familiares para a construção da percepção de risco. Portanto, o enfermeiro deve estar instrumentalizado para a execução de programas de educação em saúde voltados para o jovem e a família, traçando estratégias e metas com vistas a estimular o comportamento seguro após o consumo de álcool.
Abstract: The abuse of alcohol constitute a risk factor to the trauma and a social and sanitary problem of considerable magnitude, in special, to the juvenile population. The present study had as a purpose to analyze the perception of the risk to the trauma, to investigate the pattern of alcohol consumption and to verify the opinion of young people victim of trauma according to the public politics, through a transversal and exploratory study of young people with medical diagnosis of trauma by several aetiologies between 10 to 24 years old, residents in Cascavel - PR, seen at the Emergency Room (ER) of an academic hospital of west of Paraná. As data sources we used a list of patients seen in the PS, the patient's chart and the patient chart from the PS. The instruments of data collection were a structured interview, adapted from the Hablas Questionnaire, and a spreadsheet for data collection. The interview was conducted with the youngster or the guardian, in case he or she was under 14 years old. The data were inserted into the Excel program for further analysis from the computer program "Estatística", version 8.0. Data analysis was performed using descriptive statistics, chi-square test and logistic regression. The project was approved by the resolution No 070/2009 of the Committee of Ethics and Research Involving Human Beings of Maringá State University. We interviewed 112 people, classified into three groups of alcohol consumption pattern: 22 who had trauma associated with alcohol consumption, denominated trauma with consumption, 65 who were alcohol consumers, but did not report consumption during the six hours prior to the trauma, designated trauma without consumption, and 25 who never consumed alcohol, identified as trauma in abstinent life. The trauma was predominant in young males, that had completed elementary education, with a monthly family income between 901 and 1500 reais, with no personal income and with formal employment. It was noted that the intake of alcohol prior to trauma increases by 50 times the chances of clinical illness with greater severity. The higher incidence of trauma occurred in the age group 15 to 20 years regardless of the alcohol consumption patterns, however, young people aged from 21 to 24 years were 21.7 times more likely to have trauma related to drinking alcohol while compared to young people aged from 10 to 14 years. We identified early initiation of alcohol consumption, and that most young people started a regular consumption between 15 and 20 years old. The frequency of alcohol consumption most often quoted by young people was one to two times per week, with the consume abuse being higher for the youngsters aged between 21 and 24, which use it in the form of binge. The places where the youngsters consumed alcohol in the last 12 months were the parties and bars, being their friends the preferred companies for drinking. Most of them consider that taxes and campaigns warning against the risks of alcohol consumption and automobile direction should be increased, and the age of 18 years old for the sale of liquor should remain as it is. Young people mostly believe that the penalties related to alcohol abuse and driving a motor vehicle should always be applied, and the less favorable to such measures were the young people who have had trauma related to beverage consumption. Higher frequency of automotive driving after consuming alcohol and driving ability with larger number of doses was reported by the youngsters who have had trauma associated with alcohol consumption and those who were aged from 21 to 24 years. Young people who drove drunk more often were more likely to have trauma associated with the consumption of alcohol. Almost all (96.4 %) young people agreed that taking a ride with a drunk driver offers risk, however, 61.6% had such conduct, being higher for young people who have had trauma related to alcohol consumption. Most younsters consider that the alcohol brings some damage to life and health. The results showed that the young people presented a distorted perception of the risk or a false security perception referring to the alcohol consumption, the lack of credibility in public politics and institutions, and the strong influence of family and friends toward the construction of the risk perception. Thus, the nurse must be equipped to the execution of health education programs aimed at the young people and their family, projecting strategies and goals aiming to stimulate the safe behavior after the alcohol consumption.
Resumen: El abuso del alcohol constituye factor de riesgo para el trauma y un problema social y sanitario de gran magnitud, especialmente, para la población juvenil. El presente estudio tuvo como objetivo analizar la percepción del riesgo para el trauma, investigar el estándar de consumo del alcohol y verificar la opinión de los jóvenes víctimas de trauma con relación a las políticas públicas, a través de estudio exploratorio y transversal, en jóvenes com diagnóstico médico de trauma por diversas etiologías en grupo etario de 10 a 24 años, que viven en Cascavel - PR, atendidos en las urgencias de un hospital de enseñanza del Oeste Del Paraná. Como fuentes de datos fueron utilizados la lista de pacientes atendidos en el PS, el prontuário de pacientes y la ficha de atendimiento del PS. Los instrumentos de recolección de datos fueron un esquema de entrevista, adaptado del Questionário Hablas, y una planilla para compilación de datos. La entrevista fue realizada con el joven o su responsable, si el mismo no poseía 14 años cumplidos. Los datos fueron inseridos en el Programa Excel, para posterior análisis a partir del Programa de Computación Estadística, versión 8.0. El analisis de datos fue realizado por medio de estadística descriptiva, teste qui-quadrado y regresión logística. El Proyecto fue aprovado por el parecer n.º 070/2009 del Comité de Ética y Pesquisa Envolviendo Seres Humanos de la Universidad Estadual de Maringá. Fueron entrevistados 112 jóvenes, clasificados en tres grupos de padrón de consumo de alcohol: 22 que tuvieron trauma asociado al consumo de bebida alcohólica, denominados trauma con consumo; 65 que eran consumidores de alcohol, mas em las seis horas anteriores al trauma no refirieron consumo, designado trauma sin consumo; y 25 que nunca consumieron bebida alcóholica, identificados como trauma en abstemios durante la vida. El trauma predominó en los jovenes del sexo masculino, con escolaridad primaria completa, con renda mensual familiar entre 901 e 1500 reais, sin ingresos personales y com trabajo formal. Se Constató que la ingestión de acohol anteriormente al trauma aumenta en 50 veces la posibilidad de acontecer cuadros clínicos con mayor gravedad. La mayor ocurrencia de trauma aconteció entre jóvenes de 15 a 20 años independiente del padrón de consumo de bebida alcoholica, no obstante, los jóvenes entre los 21 a los 24 años tuvieron 21,7 veces más posibilidades de tener trauma relacionado al consumo de alcohol cuando comparado a los jóvenes entre la edad de los 10 a los 14 años. Se identificó el início precoz del consumo de bebida alcóholica, y que la mayoría de los jóvenes iniciaron el consumo regular entre os 15 y 20 años. La frecuencia de consumo de bebida alcohólica más citada por los jovenes fue de una a dos veces por semana, siendo el consumo abusivo mayor para los jovenes entre los 21 a los 24 años, los cuales hacen uso em forma de binge. Los locales donde habitualmente los jóvenes consumieron bebida alcoholica en los últimos 12 meses fueron las fiestas y bares, siendo los amigos las compañias preferenciales para el consumo. La mayoria de los jóvenes considera que los impuestos y lãs campañas alertando para los riesgos de consumo de alcohol y dirección de veículos deberian ser aumentados, y que la edad de 18 años para la venta de bebida alcóholica deveria permanecer como está. Los jovenes, en su mayoria, consideran que las penalidades referentes al abuso de álcohol y dirección de veículo automotor deverian ser aplicadas siempre, siendo los menos favorables a esas medidas los jóvenes que tuvieron trauma relacionado al consumo de bebida. Mayor frecuencia de dirección automovilística después del consumo de bebida alcoholica y capacidad de dirección con mayor número de dosis fue relatada por los jóvenes que tuvieron trauma asociado al consumo de bebida alcoholica y por los que estaban entre la edad de los 21 a los 24 años. Los jóvenes que dirigieron más veces alcoholizados tuvieron más oportunidades de tener trauma asociado con el consumo de bebida alcoholica. Casi la totalidad (96,4%) de los jóvenes concordó que andar con motorista alcoholizado ofrece riesgo, no obstante, 61,6% ya tuvieron esa conducta, siendo mayor para los jóvenes que tuvieron trauma relacionado al consumo de bebida alcoholica. La mayoria de los jóvenes considera que la bebida alcóholica trae algún problema para la vida y la salud. Los resultados apuntaron que los jóvenes presentaron percepción de riesgo distorsionada o falsa percepción de seguridad con relación al consumo del alcohol, falta de credibilidad en políticas públicas e instituciones, y fuerte influencia de amigos y de familiares para la construcción de la percepción de riesgo. Así, el enfermero debe estar instrumentalizado para la ejecución de programas de educación de la salúd direccionado al joven y a la familia, plantear estratégias y metas con el objetico de estimular el comportamiento seguro tras el consumo del alcohol. |
Data da defesa: 2009
Código: vtls000178001
Informações adicionais:
Idioma: Português
Data de Publicação: 2009
Local de Publicação: Maringá, PR
Orientador: Prof.ª Dr.ª Magda Lúcia Félix de Oliveira
Instituição: Universidade Estadual de Maringá . Departamento de Enfermagem
Nível: Dissertação (mestrado em Enfermagem)/
UEM: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Responsavel: beth
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: IVONETE ARNAUTS.pdf
Tamanho: 3387 Kb (3467810 bytes)
Criado: 08-06-2010 09:25
Atualizado: 08-06-2010 09:45
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