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Consultar: Programa de Pós-Graduação em Psicologia

Título [PT]: Do "Homo ex machina" a "Machina ex machina"?: A constituição do sujeito, a arte e a sociedade a partir de A Tragédia de Hamlet (1601) e Blade runner (1982) sob a perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural
Título [EN]: From “Homo ex Machina” to “Machina ex Machina”? The subject constitution, the art and the society parting from the discussion about Hamlet tragedy (1601) and Blade Runner (1982) under the historic cultural psychology perspective
Autor(es): Rafael Egídio Leal e Silva
Palavras-chave [PT]:

Constituição do sujeito. Materialismo histórico. Psicologia histórico-cultural. Arte. Psicologia. Psicologia científica. Hamlet. Blade Runner. Brasil.

Subject constitution. Art. Historic materialism. Historic-cultural pychology. Hamlet. Blade Runner. Brazil.

Silvana Calvo Tuleski [Orientador] - UEM Sonia Mari Shima Barroco - UEM Rafael Siqueira de Guimarães - UNICENTRO

Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar as relações entre a constituição histórica do sujeito e a arte, a partir da investigação das bases históricas de duas obras: A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca do dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616), datada de 1601 e do filme de ficção científica Blade Runner, dirigido pelo inglês Ridley Scott, lançado em 1982. Questionamos como o homem é retratado nestas obras, em dois momentos históricos: no início da modernidade e na atualidade, através da leitura interpretativa das obras de arte, consideradas como produto histórico e social. Resulta de pesquisa bibliográfica e analítica, visando compreender a arte através do caminho da materialidade histórica e das categorias da Psicologia Histórico-cultural. No primeiro capítulo apresentamos um panorama geral acerca dos estudos científicos da Psicologia que se volta para a arte. No segundo capítulo investigamos o teatro de Shakespeare como um dos mais emblemáticos da modernidade, sendo que A tragédia de Hamlet é uma obra que ao mesmo tempo em que revolucionou o gênero da tragédia no teatro coloca questões sobre o ser humano que ainda hoje mobilizam nossos sentimentos. O terceiro capítulo, a partir das categorias marxianas e da Psicologia Histórico-cultural, faz uma tentativa de análise do filme Blade Runner, que expõe a tragédia da humanidade ao contar uma história onde máquinas humanas - os replicantes - buscam sua humanidade, expondo as contradições do capital, que fabrica máquinas em forma de humanos para serem usadas como escravos. Em ambas as obras, buscamos questionar a unidade forma e conteúdo, e como as contradições apresentadas encaminham a catarse estética. A partir da concepção de Vigotski que entende a arte como técnica social de produção de sentimentos, analisamos como em duas obras diferentes, e períodos históricos distintos o problema do ser ou não ser da humanidade está indelevelmente ligado ao destino da sociedade e da sua forma de produção. Como resultados, podemos destacar a explicitação da necessidade da compreensão do homem em sua totalidade, por meio da investigação de suas raízes históricas e na materialidade de sua constituição social. Destacamos também que as pesquisas científicas no campo da Psicologia que tematizam a arte em pouca medida consideram que o homem se constitui como sujeito concreto em sua historicidade e contradições; que esta, por sua vez, quando analisada sob este prisma pode revelar a unidade entre individuo e sociedade. Concluí-se que o materialismo histórico, a partir da leitura da obra de Karl Marx (1818-1883) e de Vigotski (1896-1934) pode fornecer um entendimento radical acerca da arte e do homem, entendimento que além de atual, ainda deve ser mais extensamente explorado nas pesquisas em Psicologia e suas interfaces com outras ciências. A materialidade histórica permite a compreensão do homem em suas múltiplas relações, da pseudoconcreticidade e imediaticidade caótica ao concreto pensado, impedindo o reducionismo individualizante e biologizante, ensejando novas discussões não apenas para a Psicologia, mas para as Ciências Sociais em geral. Abstract: This study aims to analyze the relation the historical constitution of the subject to the art, parting from the investigation of the historical bases of both works: Hamlet Tragedy: Princess of Denmark by English play writer William Shakespeare (1564-1616), dated from 1601 and of the science fiction movie Blade Runner, directed by the Englishman Ridley Scott, released in 1982.It was questioned how the man is shown in these works, in both historical moments: in the beginning of the Modernism and the present time, through interpretative reading of the work of arts, considering as historical and social product. It is the result of bibliographic and analytic search, aiming to comprehend the art through the way of the historical materiality and the historic-cultural psychology categories. In the first chapter, it is shown a general overview about the scientific studies of Psychology which is led to the art. In the second chapter, it is investigated the Shakespeare's theater like one of the most emblematic of the modernism, being Hamlet Tragedy is a work which at the same time it revolutionized the tragedy genre in the theater, it deals with questions about the human being which mobilize our feelings nowadays. The third chapter, parting from the Marxism categories and the Historic-cultural Psychology , makes a try to analyze the Blade Runner movie which exposes the humanity tragedy when tells a story in which human machines - the replicant - search their humanity, showing the capital contradictions, which makes machines in human format to be used like slaves. In both works, it is questioned the form and content unit, and as the shown contradictions head the aesthetic. Parting from the Vigotski conception which understands the art like social technique of feeling production, it is analyzed how in two different works, and different historical periods the problem to be or not to be of humanity which is indelibly linked to the society fate and its production way. As the results, it is possible to highlight the explanation of the man comprehension need in its fullest, through investigation of the historical roots and in the materiality of its social constitution. It is also highlighted the scientific researches in the Psychology field which has as a theme the art a bit, they consider the man constituted himself like concrete subject in its historicity and contradiction; which this one when it is analyzed under this view it can reveal the unit among the individual and the society. It is concluded that the historic materialism, parting from the reading of the Karl Marx work (1818-1883) and Vigotski (1896-1934) it can supply an extreme understanding about art and man, this understanding besides being present; it must be widely explored in psychology researches and their interface with other sciences. The historic materiality permit the man's comprehension in its multiple relations, the chaotic pseudoconcreticity and imediaticity to the thought concrete, blocking the individualized and biological reductionism, giving rise new discussion not only about Psychology but also the Social Science in general.

Idioma: Português Data de Publicação: 2012 Local de Publicação: Maringá, PR Orientador: Prof.ª Dr.ª Silvana Calvo Tuleski Instituição: Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Programa de Pós-Graduação em Psicologia Nível: Dissertação (mestrado em Psicologia) UEM: Departamento de Psicologia

Responsavel: edson
Categoria: Aplicação
Formato: Documento PDF
Arquivo: PPI-UEM_2012_Rafael Egidio.pdf
Tamanho: 1537 Kb (1574275 bytes)
Criado: 30-06-2016 17:29
Atualizado: 30-06-2016 17:41
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